A Grande Londrina foi a única empresa interessada em participar da licitação do lote um do transporte coletivo na cidade, para operar o sistema pelos próximos 15 anos. O prazo se encerraria às 8h30 desta segunda-feira e o protocolo do interesse da empresa na licitação aconteceu às 8h27, conforme informou a Rádio Paiquerê 91.7.
Com isso, nada deve mudar no transporte coletivo da cidade. A Londrisul já é a vencedora do lote dois, e também vai continuar as operações pelos próximos quinze anos. Ainda na manhã haverá a homologação da documentação e a abertura do envelope com a proposta. O projeção financeira estimada pelos quinze anos de concessão do lote um, que abrange 66% das linhas, é de R$ 1,4 bilhão – desse valor será retirado o lucro da empresa.
A atual licitação mantém algumas bases do processo anterior. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) ajustou apenas cálculos na planilha de custos, cujo os valores foram atualizados. O preço máximo da passagem no lote um é de R$ 4.35. Já no lote dois, a tarifa máxima é de R$ 4.25 conforme a companhia.
Com a assinatura do contrato com a empresa vencedora, a CMTU estima que dentro de 60 dias comece a vigorar os novos termos. A TCGL já opera o transporte coletivo em Londrina há mais de 60 anos.
IMBRÓGLIO
Essa foi a terceira tentativa de licitar o lote um. A Prefeitura de Londrina e a TCGL travaram uma verdadeira disputa judicial, inclusive com ameaças de suspensão do serviço por parte da empresa, que foi obrigada via liminar judicial a manter os ônibus na rua. A TCGL argumentava que os valores propostos pela licitação eram impraticáveis e questionava as mudanças exigidas pela CMTU.
Até esta segunda-feira, a empresa estava fazendo reajustes no quadro funcional e chegou a anunciar que encerraria as atividades em Londrina. Cobradores também foram demitidos com essa prerrogativa, de que a empresa fecharia após o término do contrato de concessão com a prefeitura, que já foi estendido por suas vezes.
