De acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pandemia causou a maior crise global para crianças desde a criação da agência há 75 anos.
O coronavírus levou pelo menos 100 milhões de crianças à pobreza.
O documento “Prevenindo uma década perdida: ação urgente para reverter o impacto arrasador da Covid-19 sobre crianças e jovens” destaca várias maneiras pelas quais o novo coronavírus está mudando décadas de progresso em áreas como pobreza, saúde, acesso à educação, nutrição, bem-estar mental e proteção infantil.
Aumentaram os números de menores de idade com fome, fora da escola, abusados, vivendo na pobreza e obrigados a se casar forçadamente. Além disso, também diminuíram os números de menores com acesso ao atendimento de saúde, às vacinas e aos serviços essenciais.
Para a chefe da agência, Henrietta Fore, os ganhos feitos pelo Unicef e parceiros no trabalho de promover ambientes mais saudáveis e seguros para as crianças estão agora sob risco.
Antes da pandemia, um bilhão de crianças em todo o mundo sofriam necessidades extremas e não tinham acesso a educação, saúde, moradia, saneamento básico ou água.
A agência da ONU afirma que no melhor cenário, o mundo levará oito anos para se recuperar da crise gerada pela Covid-19 e retornar dos níveis de pobreza, antes da pandemia. Atualmente, 60 milhões de crianças vivem em lares pobres. Mais de 23 milhões deixaram de ser vacinadas, o maior número em 11 anos.
*Sob supervisão de Derick Fernandes.