Marido é preso por matar esposa e concretar corpo dentro de casa no RJ

Redação
Foto: Arquivo pessoal

A polícia de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, prendeu o engenheiro Jessé de Souza Cunha. Ele é acusado de matar a mulher, e concretar o corpo dela dentro da casa do casal, que estava em obras. Na sequência do crime ele procurou a delegacia e registrou a vítima como desaparecida, fazendo inclusive campanha nas redes sociais pedindo ajuda para localizar o paradeiro dela.

Ao ser preso, o homem confessou o crime, já que a polícia rastreou o sinal do celular de Ana Júlia Mathias Thurler Alvarenga, uma professora de 22 anos, e descobriu que ele constava no endereço da residência do casal, desde que a mulher tinha saído da escola onde trabalhava e retornou para a residência.

Ana estava desaparecida desde segunda-feira (16). Nesta quarta, o corpo da professora, que dava aulas em uma escola municipal de Nova Iguaçu, foi encontrado no imóvel. De acordo com as informações, Jessé teria matado a mulher com requintes de crueldade.

A polícia também obteve imagens de câmeras de segurança que ficam nas proximidades da casa da vítima que registraram o momento em que ela volta do trabalho, entra na residência e não sai mais do local.

Ao confrontarem Jessé em um novo depoimento, com as informações das câmeras e depoimentos de testemunhas, ele contou que cometeu o feminicídio e apontou onde o corpo foi enterrado. Uma perícia foi feita no local, e identificou que se tratava mesmo de Ana Júlia.

O homem foi preso em flagrante por feminicídio e ocultação de cadáver.

Evento acontecera entre os dias 24 e 29 de maio. 1
Foto: Arquivo pessoal

DORMIR NA CASA DA SOGRA

Conforme a mãe da vítima, após ter cometido o crime Jessé pediu para dormir na casa dela. A tia da jovem, Juliana Mathias Thurler, confirmou que ele registrou o caso na delegacia como desaparecimento, e que chegou a participar de buscas pela professora junto com os familiares.

“Na noite de terça-feira, ele pediu pra minha irmã deixar ele dormir na casa dela e ela deixou. Quando foi 4h ele mandou mensagem para ela falando que tinha ido na UPA procurar vestígios, para o Hospital da Posse, falou até que veio para cá no IML para saber se chegou algum corpo e nada. Ele estava a todo momento com a gente. Eu ainda falei pra minha mãe assim: ‘Você ainda vai ver o desfecho dessa história’. Porque eu sempre senti que ele tinha alguma coisa a ver com isso”, disse Juliana.

Juliana disse que começou a desconfiar do engenheiro após uma atitude suspeita e que não vai descansar enquanto não souber que ele vá permanecer atrás das grades.

“Eu estava sentada e disse pra ele que recebi uma mensagem de uma amiga dela da escola onde ela trabalhava. Ela dizia: ‘Tia, Ana Júlia estava muito nervosa no telefone falando com um homem, que estava mandando um monte de mensagem para ela e ela apagando’. Nisso, ele estava no carro mexendo no celular, ele olhou de cima para baixo, e para mim. Aquela cara dele já condenou. A esposa some de casa e na terça-feira você vai trabalhar normalmente? Frio e calculista e ele tem que pagar. Ele não vai sair da cadeia e a gente não vai descansar enquanto não ver que ele realmente vai permanecer preso por 30, 40 anos”.

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