Uma mulher de 32 anos foi morta a golpes de facão na madrugada desta sexta-feira (26) no Beco na Base, no bairro José Pinheiro, na zona leste de Campina Grande, na Paraíba. O principal suspeito do crime é o marido dela, que após a morte da vítima, limpou a arma do feminicídio em uma Bíblia. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.
A vítima foi identificada como sendo Juliete Alves da Silva. O acusado, que trabalha com jardinagem, teria usado um facão – sua ferramenta de trabalho – para matar a mulher. De acordo com a delegada Elizabeth Beckman, responsável pelo caso, a polícia sabe que o marido da vítima foi quem cometeu o crime e fugiu logo em seguida.
“Logo de início, temos conhecimento de que foi o próprio marido, de 34 anos, que matou a esposa. Ao que consta inicialmente, ele teria utilizado o instrumento de trabalho para praticar o fato delituoso. Informações de moradores que escutaram enquanto ela gritava, esse fato aconteceu por volta de 4h50”, disse a delegada.
A Polícia Civil também apurou que o homem havia manifestado episódios de crise de ciúmes, e tinha começado a fazer atividades como buscar a esposa no trabalho algumas vezes por motivo de desconfiança. Uma amiga do casal reforçou que a relação dos dois era pacífica, mas que por causa dessas crises de ciúmes, a relação estava instável. O casal não tinha filhos entre si, mas a mulher era mãe de três filhos de outro relacionamento, e cuidava de três sobrinhos do marido.
Ele tratava ela bem. Era ‘amor’, ‘meu bem’, só que de uns tempos para cá ele vinha tendo muito ciúme dela, achava que ela estava tendo um caso no trabalho, e eu dizia a ele que não, só que ele não tirou isso da cabeça”
Amiga da família em depoimento
Depois do assassinato, o marido da mulher teria acordado a filha dela, de 13 anos, e confessado que havia matado a mãe da menina. Na sequência ele fugiu e não foi localizado até o fechamento da reportagem. Pouco antes de fugir, o marido ainda pediu para adolescente avisar a vizinha e amiga da família sobre o que havia ocorrido. Além de jardineiro, ele era obreiro de uma igreja.
“Ele matou ela e mandou a filha dela me chamar. A filha de 13 anos de idade veio às 4h50 e me chamou em casa, e eu pensei que era mentira. A adolescente disse: ‘tia, acorda, que [suspeito] acabou de matar mainha. Matou!’ Quando fui olhar ela estava com a cabeça machucada”, relatou Cristina, vizinha e amiga da família.
O corpo de Juliete foi recolhido ao Instituto de Polícia Científica (IPC) de Campina Grande.
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