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Empresas de tecnologia abrem mercado de trabalho para mulheres

Edmundo Pacheco - Redator
Imagem: assessoria

Empresas que utilizam a tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma mais eficiente, inovadora e acessível, estão abrindo mais espaços para mulheres no mercado de trabalho. Levantamentos mostram que em todo o Brasil elas já ocupam 7,6 milhões de vagas na área de tecnologia

Um exemplo é o J17 BANK, com sede em Londrina, que tem metade da diretoria formada por mulheres. Ruth Silva, hoje diretora de Tecnologia e Produtos do J17 BANK, exemplifica o sucesso das mulheres na área.

“Eu nasci em Belém do Pará, sim, no Norte do Brasil. Me formei com 21 anos e desde os 19 trabalho com tecnologia. Comecei minha jornada como desenvolvedora”. O relato é da Ruth Silva, hoje executiva de TI, que saiu de estagiária e hoje ocupa o principal cargo de tecnologia de uma das mais promissoras “fintechs” do Brasil. Ela é um exemplo de um movimento ainda lento, árduo e de resiliência, mas presente nas empresas brasileiras, que são as mulheres na tecnologia (“tech girls”).

O mercado de trabalho brasileiro tem visto um aumento contínuo no número de mulheres empregadas. Em 2023, foram registradas 43,3 milhões de vagas, com São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro liderando em termos de emprego feminino. Contudo, a desigualdade salarial ainda persiste, com mulheres recebendo, em média, 22% a menos que os homens para funções equivalentes. A disparidade é ainda mais acentuada para mulheres negras, que ganham até 44% menos do que homens brancos.

Além disso, a presença feminina em cargos de liderança é limitada. Um estudo da B3 revelou que 55% das empresas não têm mulheres em posições de diretoria e 37% não possuem mulheres em seus Conselhos. A desigualdade de gênero continua sendo um tema relevante, refletido até mesmo no tema da redação do Enem 2023, que abordou a invisibilidade das mulheres no mercado de trabalho.

No setor de tecnologia, os avanços são visíveis. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de mulheres em áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática atingiu 7,6 milhões em 2023, superando o número de homens na mesma área. Esse setor está se destacando como um campo com mais oportunidades e espaço para o crescimento feminino.

No J17 BANK, o foco em práticas de ESG e inclusão se reflete no fato de que 72% dos funcionários são mulheres. João Nicastro, Fundador e CEO, destaca o impacto positivo das mulheres na empresa, afirmando que sua presença tem sido crucial para o equilíbrio e sucesso da organização.

Meire Zamoner, psicóloga e diretora de RH do J17 BANK, acredita que a visão única das mulheres é fundamental para o equilíbrio e eficácia da equipe. Ela ressalta a importância de ter 50% de mulheres na liderança, enfatizando que o objetivo é criar um ambiente de colaboração e respeito mútuo, e não de competição.

Ruth Silva começou sua carreira como analista e passou por várias experiências significativas antes de se tornar diretora no J17 BANK. Ela compartilha sua trajetória como um exemplo de superação e encorajamento para outras mulheres, especialmente para aquelas do Norte e Nordeste do Brasil.

Ana Paula Canela, Head de Produto, também exemplifica a força das mulheres em sua família e carreira. Com uma trajetória inspiradora que começou com desafios pessoais e acadêmicos, Ana se destacou na área bancária e hoje contribui para o setor com sua experiência e liderança.

Ana Canela observa que, embora a presença das mulheres nas universidades seja significativa, ainda enfrentam desafios como o machismo estrutural. Ela acredita que criar um ambiente colaborativo e diversificado é essencial para o sucesso e que o setor financeiro, tradicionalmente dominado por homens, está começando a se abrir para mais oportunidades para mulheres.

Uma pesquisa da McKinsey revelou que empresas com maior diversidade e inclusão têm resultados financeiros 55% melhores do que aquelas com menor diversidade. O tema é de grande importância, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que visam a inclusão e igualdade de gênero.

José Manuel, diretor de Estratégia do J17 BANK, enfatiza que a presença feminina e as melhores práticas são essenciais para o crescimento da empresa. Com uma projeção de que até 2030 as mulheres representarão 64,3% da força de trabalho, o J17 BANK está comprometido em aproveitar o talento e a determinação das mulheres para alcançar novos patamares.

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