Mulher supera vida nas ruas e é aprovada no vestibular da UEL

Eliane Batista, aos 39 anos, é exemplo de superação ao iniciar o curso de Serviço Social na UEL, após passar por serviços de assistência e acolhimento da Prefeitura de Londrina.

Derick Fernandes - Jornalista

Eliane Batista, de 39 anos, celebra uma conquista extraordinária ao tornar-se caloura do curso de Serviço Social na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Sua jornada inspiradora inclui a superação da situação de rua e a busca por uma nova realidade por meio dos serviços oferecidos pela Trilha da Cidadania, uma iniciativa da Prefeitura de Londrina voltada à inserção e assistência de pessoas em situação de rua.

A história de Eliane é marcada por desafios desde os 18 anos, envolvendo idas e vindas no âmbito familiar. Após vivenciar um período nas ruas, ela encontrou apoio nos serviços da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e atualmente reside em um serviço de acolhimento em república, fruto de uma parceria entre a SMAS e o Ministério de Missões e Adoração (MMA).

Desde os meus 18 anos, tive diversas partidas e retornos ao meu ambiente familiar, até que minha família deu um basta e, então, passei a viver nas ruas definitivamente. Depois, passei por uma internação de quatro meses, fui para uma instituição da SMAS e tive várias conquistas, entre elas terminar o Ensino Médio. Estou correndo atrás dos meus objetivos, que são fazer a faculdade e ter um emprego”, relata Eliane.

A nova caloura expressa sua gratidão à Secretaria Municipal de Assistência Social e aconselha aqueles que enfrentam momentos difíceis a buscarem ajuda.

“A secretaria me ajudou muito, por meio de seus serviços e acreditando em mim. A minha relação com o serviço social é muito boa, porque temos espaço para expressar nossos sentimentos e falar sobre nossas necessidades. Para quem está enfrentando uma fase difícil, digo para acreditar no seu potencial e não esperar chegar no ponto que cheguei, de perder quase tudo, para buscar ajuda. Não se esqueçam de que nunca é tarde para dar a volta por cima e voltar a viver, pois ainda há muita vida pela frente”, destaca Eliane Batista.

Compartilhe
Sair da versão mobile