Em 2018, Luísa Sonza foi processada por racismo após um incidente durante um evento, no qual pediu a uma mulher negra, que era advogada, para buscar água. Desde então, a cantora tem buscado se redimir e engajar-se em causas antirracistas. O anúncio de que Sonza se tornou embaixadora oficial do Instituto Negras Plurais gerou uma nova onda de críticas e reações nas redes sociais.
A nomeação foi feita na terça-feira (3) por meio do Instagram da instituição, e logo trouxe à tona lembranças do ato racista cometido por Sonza. A cantora se pronunciou em seu Instagram pessoal, destacando que a decisão foi tomada pela dona do instituto, Carol, e que seu envolvimento com o projeto não tem ligação com ego. “Eu nem sabia desse post, foi a Carol quem fez”, explicou.
O processo judicial contra Luísa foi encerrado por meio de um acordo, e no documentário “Se Fosse Luísa Sonza”, ela admite que demorou a compreender a gravidade do ocorrido, mas afirma que passou a investir na causa antirracista desde então. “Tomei consciência de tudo, no sentido de me aliar à causa antirracista […] e estou sujeita a essa estrutura bosta e escrota”, disse Sonza.
O episódio demonstra a dificuldade de se dissociar de um passado problemático, sobretudo em uma sociedade em que o racismo estrutural está enraizado. A cantora continuará sendo lembrada de seu ato a cada nova ação pública, e as dúvidas sobre suas verdadeiras intenções — se está tentando limpar sua imagem ou agindo com arrependimento genuíno — seguirão presentes.