Artur Jorge reclama de cera, lamenta empate e comenta sobre o calendário

Artur Jorge lamenta empate sem gols, projeta próximas partidas do Brasileirão e confronto contra o Palmeiras, que pode selar o futuro campeão da competição

Por Victor D'Jesus 9 min de leitura
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Artur Jorge na partida contra o Cuiabá no Nilton Santos - Foto: Divulgação / Gazeta Esportiva via Site

O empate entre Botafogo e Cuiabá foi um desvio de rota sofrido pelo Alvinegro Carioca e principalmente para os torcedores, já que se esperava uma vitória e a manutenção dos seis pontos de vantagem para o vice-líder e algoz do último Campeonato Brasileiro, Palmeiras.

O Botafogo até que tentou balanças as redes, mas não conseguiu ter êxito e ficou apenas no 0 a 0. O jogo feito pelos Botafoguenses no primeiro tempo deixou a desejar, apesar de ter algumas boas chances, porém, o gritou de gol ficou guardado na garganta e sobrou frustrações por todas as parte e foi comentado por Artur Jorge na coletiva após a partida.

Desempenho

Sobre o jogo em si, eu disse-lhe no início e é a abordagem que nós queríamos, da importância que tinha sobre nós, naquilo que era podermos continuar a ganhar, fazer aquilo que era o nosso percurso. Tenho falado muito em que nós possamos controlar as expectativas porque, de fato, quando se tem um campeonato tão equilibrado quanto este, onde qualquer jogo é de uma dificuldade imensa, nós temos que ter a capacidade também de perceber os momentos em que a equipe vai vivendo. E esta equipe já viveu há quatro jogos atrás com um ponto de vantagem, já viveu depois com três, com seis, hoje vive com quatro. Temos que nos equilibrar emocionalmente para percebermos que faltam cinco jogos. Cinco jogos hoje nós continuamos a ter uma posição privilegiada em relação àquilo que é o final de campeonato e a ambição de poder ser campeão. E é esse o objetivo que temos, declaradamente, é poder fazer deste Botafogo campeão. Hoje, o resultado é extremamente injusto para nós. Mas não digo que tudo bem feito, mas fizemos muita coisa suficiente para ganhar este jogo. Finalizações, bolas na trave, atacamos pela esquerda, pela direita, pelo centro. Acabamos o jogo com quatro homens na linha avançada” – disse Artur Jorge.

Outro ponto abordado pelo comandante Botafoguense foi as inúmeras vezes em que os jogadores do Cuiabá caíram no chão, utilizando-se da famosa cera, o que irritou o treinador, principalmente depois de um lance onde o zagueiro Bastos, devolveu a bola para o adversário, algo que não agradou nenhum pouco, Artur Jorge.

 Essa pergunta (sobre cera, fair-play e pouco acréscimo), em um momento num dia menos bom, posso correr o risco, mas é aquilo que me vai na alma. Eu não gosto, eu estou aqui para ganhar jogos, não estou para ter uma equipe simpática. Não estou para ter uma equipe que quer fazer amigos do outro lado, estou aqui para ganhar jogos e é dessa forma que eu me avalio. Não fiquei satisfeito, vocês perceberam que não fiquei satisfeito de devolver a bola, quando claramente aquilo foi uma paragem técnica. O jogador estava no chão para que toda a gente fosse ao banco e pudesse receber instruções. Não gostei e fiquei chateado com o Bastos. Disse no intervalo exatamente isso porque já ando nisto há muito tempo e sei perfeitamente que tudo serve para poder arranjar maneira de quebrar o ritmo de jogo. E sabendo que somos uma equipe rápida, uma equipe que tem dinâmicas intensas, do outro lado vamos apanhar e já apanhamos algumas equipes desta forma. Que percebendo ou não, ou compreendendo ou não, estratégias que o adversário possa ter” – completou o treinador.

Artur Jorge em coletiva após o jogo contra o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro – Foto: Jéssica Maldonado

Em outra questão questionado para o técnico português, foi a equipe carioca jogar um dia depois do término da Data FIFA, e Artur fez duras críticas ao calendário e disse estar acostumado por ter passado pelos mesmos problemas nas datas anteriores.

Sobre aquilo que é a programação que nós temos para esta parada de Data Fifa. É muito idêntico aquilo que nós temos feito também nas datas anteriores. A programação foi feita e nós, estrutura, os jogadores, estão identificados com tudo aquilo que é este período e aquilo que vamos fazer para que possamos ter, como disse, este próximo ciclo de cinco jogos de campeonato, mais a final da Libertadores, de correspondência das expectativas e, acima de tudo, das exigências que isso nos traz. É essa a programação e a planificação que temos. Para este último mês de temporada […] Temos jogadores influentes e importantes para nós, para aquilo que é a Data Fifa. Já falei sobre isso também, sobre a questão, me parece um absurdo, ter um jogo após as seleções jogarem e estamos a falar que vamos ter a seleção brasileira a jogar aqui no Brasil, vamos ter uma seleção argentina a jogar em Buenos Aires, vamos ter uma seleção venezuelana a jogar no Chile. Portanto, temos jogadores espalhados por este continente afora e com menos de 24 horas ou 24 horas para tentar chegar ao jogo seguinte. Obviamente que isto vai ter impacto e influência naquilo que vai ser as minhas opções para o jogo do Atlético Mineiro? Sim, vai, obviamente. Se todos jogarem ou se todos darem o contributo para as suas seleções fico eu, ficamos nós, fico o Botafogo privado de poder tirar esses jogadores ou pelo menos na sua plenitude para o jogo que vai ter de extrema importância, extrema importância. Estamos a falar, estou a falar disto nos últimos cinco jogos do campeonato, não estou a falar nos primeiros cinco. Nos 5 últimos jogos, nós conseguimos ter uma equipe que luta pelo título e condicionada e privada de jogadores porque têm os jogos de seleção no dia anterior ao seu jogo. Isto para mim é um absurdo, é só a minha opinião.”

O tema sobre arbitragem no Campeonato Brasileiro virou rotina em todas as rodadas e não seria diferente no confronto entre o líder e o vice-lanterna.

Falei disso desde o primeiro minuto, porque todas as vezes esperar para dar um cartão aos 60, ao goleiro que esteve sempre com a bola parada e a atrasar o jogo, a quebrar com os jogadores constantemente no chão, simular lesões. Eu acho que é do mau profissionalismo quando é assim” – comentou Artur Jorge.

Já perto do final da coletiva, Artur Jorge foi perguntado sobre o jogo contra o Palmeiras às vésperas da final da Libertadores contra o Atlético-MG.

Da mesma forma que eu preparei este jogo do Cuiabá, que eu tenho dito e disse também aqui convosco, para mim são finais que nós temos até o final do campeonato. Não há margem para nós pensarmos que o jogo, aliás, vocês é que estão a falar na questão da tabela, porque o Cuiabá é penúltimo classificado e nós empatamos em casa. Portanto, há aqui alguma desvalorização sobre o nosso rival e o resultado por nós conseguido. Mas a verdade é que isto, vemos a dificuldade daquilo que são os jogos, e já vimos esta equipe a tirar pontos, a outras equipas que teoricamente são mais fortes, nos seus próprios campos até, não podemos ter de forma alguma a ilusão de escolher adversários ou pensar que o jogo vai ser mais ou menos importante. A importância está neste jogo, será agora dia 20 o Atlético, depois o Vitória, depois o Palmeiras, a Libertadores e por aí adiante. E depois vamos ver aquilo que é a nossa competência.” – completou o comandante botafoguense.

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