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Benfica pode ser suspenso por corrupção em transferências de brasileiros

Além do Benfica, outro clube português que está sendo investigado pelo Ministério Público do país é o Vitória de Setúbal

Kelvin Nunes
Foto: REUTERS

O Benfica, um dos maiores clubes de futebol de Portugal, enfrenta uma grave crise após ser acusado pelo Ministério Público de práticas irregulares nas transferências dos jogadores brasileiros: Marcelo Hermes e Daniel dos Anjos.

As acusações envolvem corrupção e fraude fiscal, crimes que podem levar o clube a ser suspenso das competições nacionais e internacionais.

Histórico do caso

As investigações revelaram que o Benfica adquiriu os direitos dos dois atletas sem custos de contratação, porém desembolsou cerca de 4,2 milhões de euros em comissões, um valor considerado excessivo pelas autoridades portuguesas em relação ao valor de mercado dos jogadores na época, estimado em apenas 725 mil euros.

As transferências ocorreram em 2017, quando Marcelo Hermes, atualmente no Criciúma, deixou o Grêmio para se juntar ao Benfica. Daniel dos Anjos, que hoje defende as cores do Leiria, também assinou com o clube português naquele mesmo ano.

As investigações se estendem além das transferências dos jogadores brasileiros. Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica entre 2003 e 2021, também é alvo das acusações. O ex-dirigente é acusado de falsificar negócios para desviar dinheiro dos cofres do clube. A SAD (Sociedade Anônima Desportiva) do Benfica, por sua vez, é acusada de corrupção ativa e fraude fiscal qualificada.

As autoridades portuguesas estimam que mais de 6,7 milhões de euros tenham sido desviados da SAD do Benfica através dessas práticas ilegais.

Em nota oficial, o Benfica afirmou que irá analisar detalhadamente as acusações e que irá se defender das acusações imputadas ao seu ex-presidente e a um antigo assessor. O clube ressaltou que as acusações se referem a atos praticados por ex-dirigentes e que a atual gestão não tem qualquer responsabilidade sobre os fatos.

Caso as acusações sejam comprovadas, o clube pode sofrer punições severas, como a exclusão de seis meses até três anos sem disputar competições de futebol. As investigações ainda estão em curso e a Justiça Portuguesa deverá definir as responsabilidades de cada um dos envolvidos neste caso.

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