O grande clássico sul-americano entre Brasil e Uruguai foi protagonizado por muitas faltas e, novamente, por polêmicas envolvendo a arbitragem. A partida, marcada por pouca qualidade técnica e um futebol aquém das expectativas, refletiu a tensão e rivalidade entre as equipes.
Primeiro Tempo:
A seleção brasileira começou o jogo de forma apática, com medo de avançar ao setor ofensivo. A equipe tocava muito a bola na defesa, com Marquinhos, Éder Militão, e até mesmo Alisson participando da construção de jogadas desde o princípio. A troca de passes se mantinha entre os jogadores da zona defensiva até alcançar os pés de Endrick.
A primeira chance clara de gol para o Brasil surgiu apenas aos 27 minutos, quando Endrick, em um lance mano a mano com o goleiro Rochet, optou por passar a bola, desperdiçando a oportunidade. Apesar da postura ofensiva do Uruguai, a equipe não conseguiu aproveitar as chances, desperdiçando inclusive o bom futebol do atacante Darwin Nuñez, jogador do Liverpool.
A Celeste teve um primeiro tempo agressivo, cometendo 13 faltas, tendo como alvo principal o camisa 9 brasileiro, Endrick. Já a seleção brasileira cometeu apenas 5 faltas. Por sorte para o Brasil, o capitão uruguaio, Frederico Valverde, não teve um bom desempenho na primeira etapa, criando poucas jogadas ofensivas.
Ronald Araújo saiu lesionado aos 33 minutos, sendo substituído por José Giménez, zagueiro do Atlético de Madrid.
Segundo Tempo:
O Uruguai iniciou a segunda etapa tentando explorar uma falha da defesa brasileira, mas sem sucesso. A seleção canarinho voltou a campo com muitos erros de passe, mas demonstrando facilidade na recuperação da bola. A seleção uruguaia manteve-se agressiva, cometendo muitas faltas, enquanto o Brasil tentava aproveitar as oportunidades de bola parada, sem sucesso.
Aos 28 minutos do segundo tempo, a seleção uruguaia passou a jogar com um a menos após uma entrada criminosa do camisa 8, Nández, em Rodrygo, que resultou na expulsão do lateral-direito da Celeste com auxílio do árbitro de vídeo.
O técnico uruguaio, Marcelo Bielsa, fez duas alterações nos primeiros 15 minutos da segunda etapa, enquanto Dorival Júnior, do Brasil, só mexeu na equipe aos 35 minutos. Mesmo com a vantagem numérica, a seleção brasileira não soube aproveitar as chances, e a partida foi decidida nos pênaltis.
Durante a preleção antes das cobranças de pênalti, quem assumiu a palavra foi Gabriel Martinelli. O técnico Dorival Júnior, por sua vez, permaneceu fora do círculo de conversa, o que transmitiu uma falta de liderança por parte do comandante brasileiro.
Em coletiva, o treinador da seleção explicou o motivo de estar fora da roda de conversa:
“Eu fiquei de fora porque eu vinha falando com cada um deles aquilo que vinha na minha cabeça. Definidas as cinco posições iniciais, eu vinha falando a respeito daquilo que nós havíamos treinado. Aliás, treinamento que aconteceu desde o primeiro dia em Orlando. Nós vínhamos trabalhando penalidades porque sabíamos que provavelmente teríamos essa possibilidade nas definições de partidas” – diz Dorival Junior em coletiva de imprensa.
Disputa de Pênaltis:
- Valverde converte (Uruguai)
- Militão perde (defesa de Rochet, Brasil)
- Betancur converte (Uruguai)
- Andreas Pereira converte (Brasil)
- Arrascaeta converte (Uruguai)
- Douglas Luiz perde (cobrança na trave, Brasil)
- Giménez perde (defesa de Alisson, Uruguai)
- Martinelli converte (Brasil)
- Ugarte converte (Uruguai)
Uruguai 4 – 2 Brasil
A jornada pela 10ª conquista da Copa América para a seleção brasileira acaba na noite deste sábado após uma disputa de pênaltis muito acirrada. O Uruguai volta a campo quarta-feira (10) para a disputa da semi-final contra a Colômbia às 21:00 (horário de Brasília), no outro lado do chaveamento, Argentina enfrenta o Canadá terça-feira (9) às 21:00 (horário de Brasília).