Apesar da vitória por 3 a 0, Filipe Luís critica o ataque do Flamengo; Treinador ainda fala sobre gratidão à Gabigol em despedida

O resultado por 3 a 0 não foi o bastante para Filipe Luís que criticou o ataque Rubro-Negro; Treinador ainda comentou sobre Gabigol e evitou falar sobre facilitar a partida para o Criciúma e complicar o rival Fluminense

Por Victor D'Jesus Deixe um comentário 6 min de leitura
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Filipe Luís a beira do campo comandando o Flamengo - Foto: Gilson Lobo/AGIF

Mesmo com o placar de 3 a 0 no Heriberto Hülse, Filipe Luís não aprovou tanto assim o comprometimento ofensivo do Rubro-Negro. Apesar do time praticamente todo reserva, o treinador conquistou uma grande vitória e comentou na coletiva pós jogo a insatisfação com o ataque.

A proposta foi a mesma: de ser protagonista do jogo e tentar a todo momento agredir o adversário. É verdade que estávamos circulando de uma forma que eu não gosto, um pouco mais lenta a circulação. E acelerando o jogo quando não precisava acelerar. Isso levava o time a ter idas e voltas na bola. O bloco defensivo ficou descompactado nessas idas e voltas, perdas de bola que o time não costuma ter. Isso fez com que o time gerasse um espaço muito grande no meio” – e continuou explicando.

Acabou tendo as idas e voltas que eu não gosto e que eu não queria. O jogo foi planejado da mesma forma, mas nem todos os adversários são iguais, existia um certo nervosismo pela parte do Criciúma, um jogo vertical também. E, da nossa parte, jogadores que não vinham jogando tanto; então é natural, até eles se encontrarem em campo, alguns erros. A partir do momento em que o time se encontrou em campo, começaram a jogar um pouco mais. O que quero dizer com isso? O fato de a gente perder a bola não deixou a gente formar nossa estrutura de ataque. Os jogadores não estavam posicionados onde deveriam estar, acabou que o nosso ataque foi um pouco anárquico. Acabamos sendo um Flamengo que eu não gosto.” – completou o treinador.

Bruno Henrique e Filipe Luís se abraçam após gol do Flamengo – Foto: Leonardo Hubbe/AGIF

Outro assunto abordado na coletiva, foi sobre o Flamengo facilitar a partida para o Criciúma, já que, o Tigre briga contra o maior rival Rubro-Negro (Fluminense), a manutenção na elite do Campeonato Brasileiro. Contudo, o ex-jogador nem entrou no assunto e afirmou que apenas quer dar o melhor de si para o clube da Gávea.

Não influenciou absolutamente nada, não jogamos para o Fluminense, não jogamos para o Criciúma. Jogamos para a nossa torcida, por nós e pelos nossos valores. Um valor firme que tenho na minha vida é que no futebol você tem que entregar tudo o que você tem. Se você entrega, o futebol devolve. Quando você não entrega tudo o que tem para o futebol, você não colhe os frutos. Preparamos o jogo da mesma forma que preparamos todos os outros. Poderia estar falando aqui depois de uma derrota. E aí todo mundo teria falado: entregou o jogo. De forma nenhuma. Não entregamos o jogo, somos profissionais, mas muito acima de ser profissional são os nossos valores como pessoas. O que me fez chegar aqui e sentar nessa cadeira foi dar tudo pelo futebol. E jamais abriria mão disso.” – afirmou Filipe Luís.

Gabigol também voltou a ser pauta nas entrevistas coletivas pós-jogo de Filipe Luís. Treinador do Mengão expressou gratidão ao ídolo e respondeu se após as eleições irá pedir para renovarem com o atacante.

Gabi vai ter uma festa de despedida, mas acima da festa está a equipe, temos que tentar vencer o Vitória porque o Maracanã vai estar lotado. Acima de tudo está o jogo. Depois o Gabi vai ter uma grande festa merecida e uma homenagem, a torcida vai brindar a todo o carinho que ele recebeu. O próprio Gabi declarou que vai sair, não tem mais mistério. Ciclos se acabam. Filipe Luís foi embora, Pablo Marí foi embora, a geração de 81 se aposentou, a melhor geração e os melhores jogadores de todos os tempos se aposentaram.” e terminou dizendo.

Daqui a alguns anos vão ser Arrascaeta, Bruno Henrique e Gerson. E novos jogadores virão, farão novas histórias e ganharão outros títulos com a camisa do Flamengo. O clube é que fica. Importante que o escudo que esteja acima de tudo, mas que sim: que a gente seja agradecido por um jogador que durante cinco anos foi superimportante na nossa história, deu tudo pela camisa do Flamengo. Nos deu muitas alegrias, essa é a verdade. Muitas alegrias do lado do Gabigol, e ele merece essa festa maravilhosa.

Último Compromisso

O Flamengo jogará agora sua última partida do Brasileirão apenas para cumprir tabela. O time não tem chances de título e está garantido na Libertadores de 2025 depois de conquistar a Copa do Brasil sobre o Atlético-MG.

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