O clássico entre Palmeiras e São Paulo, disputado no Allianz Parque, terminou em confusão após a vitória do Palmeiras por 2 a 1, com um gol marcado nos últimos instantes da partida.
O Palmeiras venceu com dois gols de Flaco López, tendo um volume de jogo superior ao do time de Zubeldia, no entanto, apenas no último minuto alcançou a superioridade no placar. Quando saiu o segundo gol, o locutor do Allianz Parque falou no sistema de som:
Não precisa de VAR, pode comemorar! É gol do Palmeiras!
João Martins, auxiliar do Palmeiras, foi expulso ainda no primeiro tempo por se revoltar contra a arbitragem de Raphael Claus, que havia punido o jogador Vitor Reis com um cartão amarelo por interromper um contra-ataque do São Paulo. Abel Ferreira e sua equipe técnica expressaram seu descontentamento com a arbitragem, especialmente em relação ao que consideraram como cera do adversário.
Ao final do jogo, jogadores de ambos os times se envolveram em um tumulto na saída de campo, que continuou até as proximidades dos vestiários. Segundo informações, os jogadores Rodrigo Nestor, do São Paulo, e Zé Rafael, do Palmeiras, chegaram a trocar socos. A briga também envolveu as comissões técnicas e até mesmo seguranças dos clubes, que não conseguiram conter a situação.
O VAR CONTINUOU APÓS O APITO FINAL
Após o término da partida, Raphael Claus permaneceu em campo para acompanhar a confusão e, posteriormente, dirigiu-se à cabine do VAR para revisar as imagens, mas não comunicou suas decisões ao público, preferindo se recolher ao vestiário para registrar os acontecimentos na súmula.
Testemunhas relataram que a confusão começou após um gandula provocar os jogadores do São Paulo, o que gerou uma reação por parte dos atletas tricolores, culminando em uma briga generalizada.
O meia-atacante Wellington Rato, do São Paulo, externou seu descontentamento com os jogadores do Palmeiras:
“Eles querem é se exibir para a torcida”.
Ele ainda mencionou que muitos desses jogadores moram no mesmo prédio em São Paulo, sugerindo que o conflito poderia gerar desconforto fora do campo:
Todo mundo mora aqui perto, se vê no dia a dia. Eles querem fazer graça aqui porque estão jogando para a torcida deles. Aí, depois, a gente se vê no prédio e fica como? Não pode acontecer isso.
O Palmeiras optou por não permitir que seu técnico Abel e jogadores falassem com a imprensa após o ocorrido, emitindo uma nota oficial:
Em função das tristes cenas ocorridas após o jogo, potencializadas por mais uma arbitragem desastrosa, e para evitar que o clima de hostilidade iniciado dentro de campo se estenda para fora das quatro linhas, a direção do Palmeiras decidiu que seu treinador e seus atletas não darão entrevistas neste domingo.
O clube lamenta que mais uma importante vitória em clássico seja ofuscada por temas que não condizem com a lisura e os valores do esporte.
A vitória no Choque-Rei fez o Palmeiras chegar a 41 pontos após 23 jogos e se manter no G-4 do Brasileirão. O Fortaleza, com 45, é o líder, mas com uma partida a menos.
PRÓXIMO COMPROMISSO É NA LIBERTA
O Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira (21/08), às 21h30, pela Taça Conmebol Libertadores, enfrentando o Botafogo. O time carioca possui uma leve vantagem e pode garantir sua vaga nas quartas de final com um simples empate nesse confronto decisivo.