Na noite da última quarta-feira (08), o Tricolor Paulista foi até Goiânia para disputar a segunda partida das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Goiás. Com uma vantagem confortável no placar agregado, após vencer o time esmeraldino por 2 a 0 no primeiro jogo, o São Paulo optou por uma estratégia de administração do jogo, evitando desgastes desnecessários. Essa abordagem resultou em um empate sem gols, suficiente para garantir a classificação para a próxima fase. Contudo, apesar da falta de emoção ao longo da partida, os minutos finais foram marcados por uma confusão que agitou o ambiente.
Nos acréscimos, o zagueiro Alan Franco, do São Paulo, afastou a bola e a chutou em direção à torcida do Goiás, interpretado pelo atacante Thiago Galhardo como uma provocação. O gesto desencadeou uma briga entre os dois jogadores e rapidamente envolveu a torcida, que começou a lançar objetos em campo.
O goleiro Rafael, do São Paulo, relatou o incidente em uma entrevista: “Eu tomei uma copada de cerveja no ombro, e o líquido todo veio no olho na hora, mas eles já estavam arremessando, já tinham tentado me acertar umas três, quatro vezes com isqueiros, gelos. Acertaram também o Arboleda no rosto. E aí gerou uma confusão e só falei pro árbitro que o jogo não podia reiniciar sem ter segurança de ficar ali.”
Diante da situação, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli decidiu encerrar a partida antecipadamente, expulsando os jogadores Alan Franco e Thiago Galhardo, além do técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, que entrou em campo durante a confusão. O técnico argentino, que preferiu não participar da coletiva de imprensa após o jogo, foi substituído pelo seu auxiliar Carlos Gruezo, que lamentou os acontecimentos.
Na zona mista, o meia Lucas, ídolo do São Paulo, criticou a expulsão de Zubeldía: “Acredito que ele [Zubeldía] está um pouco marcado [pelos árbitros]. Hoje a expulsão foi desnecessária, pois ele entrou ali para separar a briga, para acalmar a confusão, inclusive alguns funcionários do Goiás também entraram. Acho que foi desnecessário, foi muito rigoroso o juiz.”
Desde sua chegada ao São Paulo em abril deste ano, Zubeldía já acumulou 12 cartões amarelos e 2 vermelhos em 26 jogos, um número superior ao de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, também conhecido por sua postura enérgica à beira do campo. Agora, o São Paulo se prepara para seus próximos compromissos no Campeonato Brasileiro e aguarda o sorteio das quartas de final da Copa do Brasil, já ciente de que não contará com Zubeldía e Alan Franco no primeiro confronto.
