Nadadora expulsa das olimpíadas dá sua versão e acusa membro da CBD de assédio

Ana Caroline Vieira foi expulsa da competição por comportamento inadequado

Thiago Lima - Redator
Reprodução/Redes sociais

Em entrevista exclusiva com Roberto Cabrini, da Record TV, Ana Carolina Vieira fala sobre o que aconteceu nos bastidores em Paris.

Em nota oficial divulgada no dia 28 de julho, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) oficializou o desligamento da nadadora das Olimpíadas, por motivos de “atos de indisciplina” e por ela agir de forma “desrespeitosa” e “agressiva”, mas ela desmente isso.

Ela diz que ela e seu parceiro Gabriel Santos, também nadador, estiveram o tempo todo com a comissão, que se afastaram por um momento apenas para tirar uma foto na Torre Eiffel, mas logo voltaram, bem como, não achou necessário pedir permissão, pois o que não é permitido é a saída de menores da vila olímpica sem permissão. Além disso, ela afirmou que não saiu durante a noite de sexta-feira, como divulgado, e que inclusive era a noite de estreia dos jogos.

Sobre a postura “agressiva” e “desrespeitosa”, ela se defende dizendo que no sábado da mesma semana, no treino do time feminino de natação, a comissão técnica anunciou uma troca de nadadoras de última hora. Segundo ela, essa troca atrapalharia o rendimento da equipe nos jogos, pois a nadadora que entrou tinha 2 segundos a mais que a anterior, e apesar de questionar isso, continuou treinando normalmente.

Ana Carolina Vieira foi comunicada sobre o desligamento no domingo (28), no mesmo dia em que o COB soltou a nota, e foi pega de surpresa pela decisão. Diz que não teve amparo algum, e que no momento em que foi comunicada já foi escoltada para o Brasil. Durante a volta ao Brasil, Gabriel Santos recebeu um áudio de Gustavo Otsuka, chefe da equipe brasileira de natação, reconhecendo o erro e desmentindo a nota. Ana diz que quer uma retaliação, pois foi atacada nas redes sociais, e que a situação deu a entender que ela saiu para “noitadas”.

Além disso, a nadadora diz que há três anos sofreu assédio de um membro importante da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Ela não revelou o nome nem o cargo por questões de segurança, mas relatou que fez uma denúncia que não teve efeito.

O COB divulgou outra nota comunicando que deu todo o apoio à atleta, fornecendo a psicóloga da delegação e acesso irrestrito à alimentação, e rebateu as acusações de assédio, dizendo que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

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