A Polícia Civil do Paraná (PCPR), abriu inquérito referente ao caso do torcedor do Athletico que teria feito injúria racial contra o lateral Samuel Santos, da equipe do Londrina. Para casos como este, este é o procedimento padrão, de acordo com Luiz Carlos de Oliveira, delegado da Delegacia Móvel de Futebol e Eventos (DEMAFE).
O torcedor pagou a fiança de R$ 500,00, no último domingo (20), após passar três horas detido.
“Após a fiança, o inquérito retoma para a DEMAFE. Se forem necessárias novas diligências, vamos fazer e enviar para a Justiça.”, afirmou o Delegado.
Em entrevista para o repórter Victor Hugo Bittencourt, da RPC, o delegado informou que ainda não teve acesso aos depoimentos de Samuel Santos e de Carlos Alexandre Tonin, torcedor apontado na súmula como o autor das injúrias.
“Eu não sei o teor das declarações, mas é triste que hoje, quando falamos tanto de intolerância, acontece um fato como esse”.
O Londrina avisou que vai pedir à procuradoria do TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná), que o Furacão seja punido pelo ocorrido no último domingo. Pela esfera criminal, não há imputação de responsabilidade do Athletico.
“Foi um torcedor que cometeu o ato, não o clube”, mencionou o delegado.
Em nota, o Athletico se manifestou em seu site e divulgou sobre o ocorrido. Confira!
“O Athletico Paranaense vem a público, mais uma vez, manifestar-se contra todas as formas de discriminação racial. Atitudes discriminatórias são inaceitáveis e criminosas. O clube não tolera e não tolerará qualquer tipo de discriminação racial em seu estádio. Rubro-Negro é quem tem todas as raças. Sobre o acontecimento na partida diante do Londrina, no último domingo (20), o Athletico Paranaense reforça que agiu imediatamente para identificar o suspeito da agressão, que foi encaminhado à autoridade policial competente, sem prejuízo das medidas administrativas internas que já estão em andamento interno no clube.”
