Um anuncio de emprego gerou uma polêmica muito calorosa na Arábia Saudita. Um vaga publicada para 30 mulheres para trabalhar como maquinista. O país está tentando liberar as oportunidade econômicas para as mulheres.
O anúncio era para vagas de maquinistas para a Renfe, uma empresa de transporte espanhola responsável pela operação de trens-bala entre as duas cidades sagradas de Meca e Medina – uma rota percorrida por milhões de peregrinos muçulmanos a cada ano.
Somente em 2018 as mulheres foram liberadas para dirigirem carros, após muita pressão interna e global.
A empresa localizada na Arábia Saudita diz que essa foi a primeira vez na história do país que as mulheres sauditas teriam acesso a tal profissão. Acrescentou que mais da metade das candidatas foram aprovadas na primeira fase do processo de contratação.
—“Mais de 28.000 candidatos de nacionalidade saudita se inscreveram em apenas um mês nos testes de seleção”, disse a empresa. “Os selecionados conduzirão o trem que liga as cidades sagradas de Meca e Medina, o primeiro trem de alta velocidade a ser construído no Oriente Médio.”
O processo de contratação foi aberto em Janeiro, com candidatos de 22 a 30 anos. Os poucos sortudos que passarem para a próxima rodada precisarão fazer mais testes, uma entrevista e, se forem bem-sucedidos, um ano de treinamento pago. em março, disse Renfe.
As mulheres na Arábia representam apenas 21% da força de trabalho total. Elas enfrentam há muito tempo regras rígidas de segregação de gênero e leis de tutela que muitas vezes exigem a permissão de parentes do sexo masculino para viajar ou se casar, com empregos amplamente confinados a profissões como ensino e assistência médica.