O Brasil foi um dos países menos atingidos pelo apagão que afetou o mundo inteiro, na madrugada desta sexta-feira (19.07). A falha foi desencadeada por uma atualização do sistema de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike.
O apagão cibernético paralisou sistemas de bancos e aeroportos, hospitais, as três maiores companhias aéreas americanas cancelaram centenas de voos partindo dos Estados Unidos, enquanto as emissoras Sky News, do Reino Unido, e a ABC, da Austrália, ficaram fora do ar.
Dois fatores principais contribuíram para que o impacto fosse menor no Brasil: a CrowdStrike possui uma base de clientes relativamente pequena no Brasil em comparação com países como os Estados Unidos. E a atualização que resultou no problema foi liberada de madrugada no Brasil, precisamente às 1h09 no horário de Brasília, minimizando o impacto nas operações empresariais que geralmente não estão ativas durante esse período.
Para que uma empresa fosse afetada pelo incidente, era necessário que ela utilizasse o sistema Windows, fosse cliente da CrowdStrike e tivesse permitido a atualização da ferramenta. Por este motivo também os computadores pessoais não foram afetados.
A CrowdStrike – A CrowdStrike, fundada em 2011, é uma empresa americana especializada em cibersegurança, conhecida por desenvolver tecnologias em nuvem para proteger empresas contra ataques virtuais.
A empresa é dona da plataforma Falcon, que oferece ferramentas como antivírus e monitoramento contra aplicações não autorizadas, além de uma equipe dedicada à investigação de ameaças.
A falha foi causada por uma atualização de conteúdo na versão Falcon para Windows. Segundo a empresa, as versões para Mac e Linux não foram afetadas, e não houve um ciberataque.
O incidente fez com que vários dispositivos Windows apresentassem a temida tela azul de erro. Embora o problema não tenha sido causado pela Microsoft, a empresa está colaborando estreitamente com a CrowdStrike para fornecer orientação técnica e suporte aos clientes afetados.
George Kurtz, bilionário, CEO e fundador da CrowdStrike, empresa responsável pelo apagão cibernético que atingiu todo o mundo, teve um prejuízo de R$ 1,5 bilhão nesta sexta-feira.