Acusado de crime racial, preso é integrante de grupo neonazista

Por Derick Fernandes Deixe um comentário 2 min de leitura
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Um homem de 24 anos foi preso nesta segunda-feira (11) na rua Bélgica, no Jardim Igapó, na zona sul de Londrina. A acusação é de que ele tenha participação em um episódio de crime racial contra um advogado e ativista negro em Blumenau (SC). Junto com ele foram encontrados panfletos que incentivam o ódio racial, que o preso classificou como “cartilha de ordem racial”.

Segundo o delegado-chefe da 10ª Subdivisão da Polícia Civil, Osmir Ferreira Neves, além dos panfletos foram encontrados outros artefatos que serão periciados e que podem ser explosivos. 

Em seu corpo estão tatuados a frase “Hasta la vista antifascista” seguida das iniciais i.h, que fazem referência um grupo paulista da qual ele faria parte. Além disso, as palavras skinhead entre o desenho de duas suásticas; e o número 88, que fariam alusão a um outro grupo. 

O delegado da 2ª delegacia de Polícia de Blumenau (SC), Lucas Gomes de Almeida, emitiu um mandado de busca e apreensão em uma ação que é o prolongamento da operação Hateless, que foi deflagrada em Santa Catarina e que resultou na prisão de cinco pessoas em Indaial, Blumenau e Itajaí no dia começo de dezembro.  

Essa fase da operação acontece desde o fim de setembro e, de acordo com Almeida, começou quando a Polícia Civil recebeu a denúncia de que um cartaz com os dizeres “negro, comunista, antifa (integrante de movimento antifascista), macumbeiros. Estamos de olho em você” foi afixado no muro da residência do advogado Marco Antônio André. No cartão também tinha um desenho de um integrante do movimento neonazista norte-americano Ku Klux Klan, com um capuz cônico que caracteriza o grupo, apontando o dedo para a residência de André.

A vítima ainda não tem a sensação de que a justiça foi feita. “O meu trabalho ainda está começando do ponto de vista racial. O Brasil, por ser um país racista, possui esse preconceito histórico enraizado. Eu trabalho permanentemente no Núcleo de estudos afro-brasileiro da Universidade Regional de Blumenau e na Comissão da Igualdade Racial da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), mas essas pessoas ainda vão continuar a cometer esses crimes”, concluiu. 

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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