O prefeito Marcelo Belinati negou e repudiou o pedido de aumento da passagem de ônibus para R$ 10,15 em Londrina. As duas empresas que operam o sistema na cidade apresentaram suas planilhas de custos operacionais, que estima o preço a ser pago por passageiro.
O valor de R$ 10,15 foi apresentado pela TCGL (Grande Londrina), enquanto que a Londrisul pediu reajuste para R$ 9,19. Em ambos os casos o aumento foi negado.
Belinati se chocou ao saber do valor proposto pelas empresas. O prefeito estava em Brasília no último dia 28, quando a planilha foi apresentada. “10 reais??? Aqui não é tudo isso não!“, disse na ocasião.
Ao se inteirar dos fatos e dos apontamentos feitos pelas empresas, que já receberam da prefeitura valores na ordem de R$ 20 milhões sob justificativa de reequilíbrio econômico, o prefeito disse que o preço apresentado é impraticável, e terminaria de falir o sistema, que já tem déficit de passageiros por conta da popularização dos aplicativos.
“Com um preço desses as pessoas vão preferir andar de Uber do que pegar ônibus”, disse. Ele frisou ainda que Londrina não recebe subsídio estadual, e que citou como exemplo Curitiba onde a passagem é quase R$ 10 mas a população em geral paga R$ 5, enquanto que o restante é subsidiado pelo estado.
O prefeito também afastou a possibilidade do município subsidiar as empresas, mas não descartou a hipótese, informando que essa pauta deve ser analisada. Belinati espera a apresentação de uma alternativa para o sistema a partir dos primeiros dias de 2022.