BRASÍLIA, DF – Insatisfeitos com o não cumprimento das medidas exigidas para o encerramento da greve, em maio deste ano, caminhoneiros de todo o Brasil se preparam para uma nova manifestação na próxima semana. O protesto está marcado para o dia 12 de setembro, em frente a Agência Nacional de Transportes Terrestres em Brasília. Após essa data, caso não haja negociação, os caminhoneiros prometem uma nova paralisação geral.
No Paraná, a União dos Caminhoneiros (UDC) se mostrou favorável às novas manifestações. “A paralisação pode acontecer, sim. O Governo não está cumprindo com a fiscalização do piso mínimo do frete e está trazendo enormes prejuízos à categoria. A nova política de preços dos combustíveis só beneficia os investidores internacionais e prejudica os brasileiros. O Governo não faz nada para mudar isso, e apenas uma parte dos caminhoneiros aceitaram o frete mínimo. Mesmo assim, empresários não obedecem a lei, fazendo isso porque não existe fiscalização”.
ACORDOS
Para pôr fim à greve, o governo firmou um acordo com os caminhoneiros que incluiu uma mudança na cobrança do pedágio, a criação de uma tabela de frete e um subsídio de R$ 9,5 bilhões para reduzir em R$ 0,46 o preço do diesel. Nessa última semana, a Petrobras anunciou um reajuste de 13% no preço do diesel nas refinarias, preço que estava congelado desde junho.
Para a categoria, porém, o não cumprimento da tabela mínima, somado ao anúncio do aumento do diesel fomentaram os novos protestos. “Só vamos sair da frente da ANTT em Brasília quando o sistema de fiscalização estiver em pleno funcionamento”, disse à rádio Banda B, de Curitiba, Salvador Carneiro, representante da UDC.
BOATOS
Diferente de informações divulgadas por redes sociais e aplicativos, uma nova greve só acontecerá de fato caso não haja uma negociação entre categoria e representantes do Governo Federal, a partir de 12 de setembro.