Canto das cigarras anunciam período das chuvas em Londrina

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Quando começam a cantar, o barulho vai longe. Quando se percebe, o som torna-se contínuo, em alguns momentos é possível ouvir mais de uma melodia ao mesmo tempo. Para algumas pessoas, elas incomodam, para outras, os barulhos que elas fazem são parte do ambiente, integram a memória afetiva. É dessa forma que as cigarras anunciam sua presença nos arvoredos de Londrina. E quando não aparecem, há quem sinta a falta.

“Meu pai dizia que quando elas cantavam, estavam anunciando a chegada da chuva” – disse Valdevina Timóteo, moradora vizinha ao Centro Social Urbano, na Vila Nova, em Londrina. A senhora de 70 anos disse que ultimamente tem ouvido as cigarras com mais frequência, e que elas não atrapalham nem um pouco.

É comum ainda ouvir as cigarras cantando nas proximidades da Avenida Leste-Oeste e em outros vários pontos da cidade. Para muitos, elas anunciam o período natalino, as chuvas e o auge da primavera. Entretanto, não foi ainda cientificamente provada essa relação entre as cigarras e a época de chuvas, mas acredita-se que por elas aparecerem sempre em meados de outubro e novembro, época em que a chuva se intensifica, faça algum sentido.

REPRODUÇÃO

“É um canto de reprodução. A cigarra adulta voa no topo das árvores, nos galhos. Ela cruza, a fêmea bota o ovo no galho e nasce uma forma jovem, que é a ninfa. Ela é diferente da cigarra porque não tem asa. Ela fica enterrada por um tempo muito grande. Em média três ou quatro anos, aqui no Brasil”, disse o zoólogo Ângelo Machado.

Depois desse tempo, as ninfas saem por buracos que fazem na terra. Elas sobem juntas para as árvores e ficam nos troncos, onde acontece a transformação. Na fase adulta, elas saem da casca e criam asas.

Logo depois que saem da casca, as cigarras sobem para a copa das árvores. Lá, elas se alimentam da seiva e se preparam para a reprodução. O barulho que é típico das cigarras é feito pelos machos que contam muito forte para atrair as fêmeas.

O tempo é curto na fase adulta. Em apenas 15 dias, as cigarras se reproduzem e morrem.

“O tempo da cigarra adulta é muito menor do que o tempo subterrâneo. Na realidade, a vida dela é subterrânea e a saída é um episódio muito rápido”, conta o zoólogo.

Rápido, mas suficiente pra fazer muito barulho. A trilha sonora não agrada a todos. O som dos insetos pode ser ouvido a mais de mil metros de distância.

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