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Caso Arthur Sousa e Gustavo Silva: Corinthians acerta parcelas do FGTS atrasadas e faz acompanhamento jurídico

A dupla de atacantes entrou na justiça do trabalho para conseguir a rescisão contratual com o clube

Matheus Reis
Arthur Sousa e Gustavo Mosquito durante treino. (Foto: Rodrigo Coca)

Na última quarta-feira, 03/07, surgiram notícias de que o Corinthians foi acionado na justiça do trabalho pelos atacantes Arthur Sousa e Gustavo Silva (Mosquito), com pedido de rescisão de contrato por conta dos atrasos no pagamento das parcelas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que estavam atrasadas desde abril deste ano de 2024.

O estafe dos atletas buscou a quebra de vínculo com o alvinegro do Parque São Jorge por meios indiretos através da justiça do trabalho, ao invés de tentar acordo com o clube, mas foi determinado um posicionamento do Corinthians em até cinco dias para se esclarecer sobre os atrasos. Lembramos que a gestão de Augusto Melo chegou a quitar os saldos negativos com os jogadores até abril deste ano, e em casos como o de Arthur, que tinham parcelas em atraso desde 2020, foram sanados até os novos atrasos.

Com a divulgação da ação dos advogados dos atletas, a diretoria não perdeu tempo e correu para pagar as parcelas em aberto e zerar os débitos com os atletas, que treinaram normalmente no período da tarde de ontem.

Mesmo com a ação rápida tomada pelos dirigentes, o Corinthians deixou acionado seu departamento jurídico para que seja acompanhado a partir de agora todo o processo e suas atualizações, e supervisionará a intenção dos atletas no desfecho da história.

Gustavo Silva durante treino no Corinthians. (Foto:Rodrigo Coca)

O pedido de rescisão de Mosquito foi indeferido pela juíza do trabalho Daniela Mori que constatou que a parcela das luvas que estaria atrasada não vence em 15 de junho, como alegado pelo atleta, mas “sempre no último dia de fevereiro”. Não haveria parcela atrasada agora.

“Desta feita, não há neste momento qualquer inadimplemento da ré a justificar a culpa do empregador para extinção do contrato”, diz trecho da decisão.

“O artigo 90, §1º da Lei 14.597/23 prevê ser hipótese de rescisão indireta do contrato especial do atleta a inadimplência referente à remuneração do atleta profissional ou ao contrato de direito de imagem, por período igual ou superior a dois meses, o que não é o caso dos autos. Isso posto, indefiro o pedido liminar e não reconheço a rescisão do contrato nesta data e, por consequência, o cancelamento do vínculo desportivo entre as partes, nos termos requeridos”, completou a magistrada.

Arthur Sousa é uma das revelações das categorias de base do Timão e seu primeiro contrato é datado de novembro de 2020. Com 21 anos, o jovem atleta que foi destaque na campanha que resultou no título da Copinha ao Corinthians na temporada, fez apenas cinco jogos no profissional e marcou um gol em Majestoso disputado no Campeonato Paulista.

Já Gustavo Mosquito, de 26 anos, tem seu primeiro contrato com o Timão desde final de 2018, quando também subiu das categorias de base para reforçar o time profissional. O atacante tem somados 176 jogos, sendo 27 apenas na atual temporada e foi titular no Derby da última segunda-feira.

O Corinthians ainda não se manifestou publicamente sobre os processos.

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