CURITIBA, PR – Em parceria com a Vigilância Sanitária, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apreendeu, nesta terça-feira (27), comida vencida em uma Organização Não-Governamental (ONG) de Curitiba, que não teve o nome divulgado, mas cuida de crianças carentes.
A polícia instaurou um inquérito para apurar o caso. O Cope informou que a coordenadora da ONG foi indiciada pelo fornecimento dos alimentos vencidos e por maus-tratos a menores. Ela pode pegar até seis anos de reclusão.
Os alimentos – arroz, feijão, farinha, pão, suco, leite em pó, etc – foram encontrados no depósito de uma das filiais da ONG, no bairro Cajuru.
O delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown, afirmou que “a carne estava em decomposição, com um cheiro forte”. Segundo ele, as investigações começaram a partir da denúncia de uma mãe cujo filho é atendido pela organização. Ela afirmou que o menino passou mal depois de comer a comida oferecida no local.
“Diante da gravidade, da urgência da situação, nós pedimos o apoio da Vigilância Sanitária. No fim da manhã, fizemos uma fiscalização e constatamos a veracidade das denúncias”, informou Brown. Ele contou que, quando o Cope e a Vigilância Sanitária chegaram na ONG, os voluntários preparavam as refeições. “Mais da metade da despensa estava imprópria para consumo“, afirmou.
INTERDIÇÃO
Brown explicou que interditar a ONG prematuramente seria prejudicial às crianças atendidas. Segundo ele, “é uma instituição séria, com mais de 40 filiais no Brasil inteiro. Acreditamos que foi um problema pontual na administração da filial em Curitiba. Não podemos generalizar. Esperamos que o pessoal que ajuda esse tipo de estabelecimento prossiga fazendo as doações”.
A coordenadora da Vigilância Sanitária em Curitiba, Francielle Narloch, informou que a interdição do local não ocorre por um motivo específico. “É uma somatória de condições de risco em um determinado local. Nesse lugar, especificamente, a gente não encontrou locais de risco quanto à estrutura física, nem condições higiênico-sanitárias. Essas condições estavam adequadas. A gente encontrou alimentos vencidos”, relatou.
Francielle afirmou que a organização foi infracionada e deve ser acompanhada.
(Via G1)