É fato: a agricultura de precisão se tornou uma ferramenta poderosa para melhorar o desempenho no campo e reduzir os custos. Das colheitadeiras com mapas de produtividade em tempo real, aos pulverizadores equipados com sensores que ajudam a otimizar a aplicação de defensivos, não faltam exemplos de como a tecnologia é uma aliada de peso na produção de alimentos.
Mais recentemente, os drones tornaram-se parte desse nicho tecnológico. Com um imenso e versátil potencial de uso, o equipamento ganha espaço visível e caminha para se entrar na lista dos “ítens indispensáveis” na fazenda.
No cultivo de cana-de açúcar, por exemplo, o drone ajuda a identificar e quantificar falhas na lavoura, além de acompanhar o seu desenvolvimento. Os levantamentos realizados nos canaviais também permitem observar a uniformidade da germinação da cultura, a presença de pragas e doenças, a análise de dados topográficos, o rastreamento das linhas de plantio para a colheita mecanizada, o cálculo do volume do bagaço de cana e a estimativa da produtividade.
Engenheiro florestal e instrutor credenciado do Senar-MT, Thamylon Dias, reforça que as informações levantadas a partir do uso do drone, podem ajudar o produtor a tomar decisões mais rápidas e assertivas. Isso minimiza erros e – consequentemente – custos. O assunto foi tema do Bom Dia Senar-MT, desta quarta-feira (06).
Thamylon lembra que a utilização do drone exige regularização junto à Anatel, Anac e Decea, que são órgãos responsáveis por regulamentar e fiscalizar a utilização deste equipamento. Também é preciso ter conhecimento técnico não apenas para operar o drone, mas também para saber o que é preciso “mapear” e, principalmente, como fazer isso. Só assim a coleta dos dados atenderá às reais necessidades.
O sobrevôo, aliás, começa com o plano de vôo. Neste momento o operador irá definir a altura, sobreposição e qualidade da imagem do drone. Em seguida, será executado processamento das imagens, gerando um relatório. Com as informações extraídas será realizada a análise das imagens. A partir daí o produtor poderá tomar as decisões necessárias para a lavoura.
O especialista destaca ainda o crescente uso dos drones no controle biológico de pragas e doenças na lavoura. No caso da cana-de-açúcar, por exemplo, o combate à broca da cana (uma das principais pragas da cultura) já começa a ser feito com o uso do equipamento.
Para quem deseja trazer o equipamento para dentro da propriedade, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), oferece cursos de qualificação de drones na agricultura. Basta procurar o sindicato rural de seu município e solicitar o treinamento