O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão da artista plástica Vanda Pepiliasco. Ela é acusada de degolar a empregada doméstica Cleonice de Fátima Rosa, em um crime registrado em 1993 em um apartamento na Rua Goiás, no Centro de Londrina.
A empregada que tinha 22 anos na época do crime, trabalhava na casa de Vanda, que era casada com o engenheiro Lauro Pepiliasco. O crime causou consternação em Londrina naquele tempo.
Antes de Vanda ser apontada como suspeita do assassinato, outra empregada dela, Luzia Colombo, chegou a ser torturada pela família de Vanda para que confessasse o crime. Luzia chegou a ser presa pela morte de Cleonice, mas foi colocada em liberdade mais tarde, depois que Vanda passou a ser investigada.
A justiça passou a suspeitar de Vanda depois que fios de cabelo encontrados nas mãos da vítima foram comparados com o DNA da artista plástica e atestaram resultado positivo.
O caso conhecido como “Crime da Rua Goiás” teve muitas reviravoltas, e Vanda foi julgada apenas 23 anos depois do crime, sendo condenada a 8 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto.
Ela respondia o processo em liberdade, e recorreu ao Supremo Tribunal de Federal, mas acabou perdendo o recurso e a sentença transitou em julgado 27 anos após o homicídio.
Em 2016 Vanda Pepiliasco chegou a ser presa após ser condenada no Júri em 2015, mas sua defesa conseguiu habeas corpus para que ela aguardasse o julgamento dos demais recursos em liberdade.