CURITIBA – Com a saída de Sérgio Moro da carreira da magistratura para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PSL), intensificou-se nos bastidores do Judiciário nacional a disputa pela vaga deixada por ela na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por julgar em primeira instância os processos da Operação Lava Jato.
Caberá ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) definir qual magistrado, dentre uma lista de cinco ‘finalistas’, substituirá Moro em caráter definitivo no cargo. A decisão final levará em conta o critério de antiguidade e deverá ser tomada já nesta sexta-feira (25).
O favorito para o posto é Luiz Antonio Bonat, hoje à frente da 21ª Vara da Justiça Federal do Paraná e 1º na lista de antiguidade. No remoto caso de desistência de Bonat, a “vez” seria de Júlio Guilherme Berezoski Schattschneider, que ocupa a 19ª posição nesse mesmo ranking. Na sequência vêm Friedmann Anderson Wenppap (70º ), Antonio Cesar Bochenek (106º) e Marcos Josegrei da Silva (111º).
Como se sabe, a cadeira na 13ª Vara de Curitiba vem sendo ocupada interinamente por Gabriela Hardt desde a exoneração de Moro. Embora não possa se candidatar à vaga permanente por não ter antiguidade, a juíza teve uma participação marcante no âmbito da Operação Lava Jato. Foi dela a frase célebre “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”, proferida ao presidente Lula durante interrogatório.