Imagem do anúncio

Curitiba e Londrina trocam imunizantes contra Covid-19 para impedir congelamento das vacinações e são notificados

Redação
Ilustração/ Foto: Marlon Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo

Em uma reunião da Comissão Especial da Vacinação contra a Covid-19 da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), que ocorreu nessa segunda-feira (17), alguns integrantes do comitê alegaram que receberam denúncias a respeito de Londrina ter enviado 4.500 vacinas da Astrazeneca para Curitiba. Em troca, a capital acabou enviando ao município o mesmo número de imunizantes, porém, da Coronavac.

A ação teria ocorrido diante da possibilidade de faltar imunizantes da Coronavac, para a aplicação da segunda dose, em Londrina. Assim, para não interromper o processo de vacinação, as prefeituras dos municípios paranaenses trocaram os imunizantes entre si há cerca de dez dias.

As vacinas da Coronavac, principalmente para aplicação da segunda dose, realmente estão em falta. Os insumos necessários, vindos da china, para a produção do imunizante estão com atrasos na entrega. Assim, o laboratório do Instituto Butantan não está produzindo mais doses desde a última sexta-feira (14) .

De acordo com informações da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), mesmo que a prática de troca de vacinas não seja comum, o municípios realmente têm essa autonomia para administrar os imunizantes enviados pelo Ministério da Saúde. Porém, era necessário notificar oficialmente essa troca, atitude que a Sesa afirma que não ocorreu.

Felippe Machado, secretário municipal de Saúde de Londrina, confirma que houve, sim, a troca. Caso contrário, a imunização contra o coronavírus seria interrompida em Londrina: “Visando não haver interrupção no esquema de vacinação, haja visto o atraso no envio de vacinas por parte do Ministério da Saúde. De comum acordo, houve a troca de um quantitativo de vacinas entre os municípios“.

Já o município de Curitiba também afirma que a troca ocorreu. Para justificar o envio das doses, a Prefeitura da cidade alegou que já teria concluído o calendário vacinal da primeira e, também, segunda dose para a faixa etária convocada. Além disso, as poucas doses não eram suficientes para iniciar a imunização de um novo grupo. Em acréscimo, a prefeitura alega que houve, sim, um registro oficial das trocas por meio do Sistema de Informação de Insumos Estratégicos.

Por enquanto, a Assembleia Legislativa do Paraná ainda aguarda mais esclarecimentos de ambas as prefeituras para apurar melhor o ocorrido. A Alep afirma que a ação ainda não pode ser taxada como irregular.

ASSUNTOS:
Compartilhe
Sair da versão mobile