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Em depoimento, envolvido na morte de Daniel confirma que jogador seria castrado, e todos sabiam disso

Derick Fernandes
4 min de leitura
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CURITIBA – O último dos quatro homens, que estava dentro do Veloster em que Daniel de Freitas Corrêia, de 24 anos, foi levado para a morte na manhã de sábado, 27 de outubro, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Eduardo Henrique Ribeiro, de 19 anos, é namorado de uma prima de Cristiana Brittes, de 35, esposa de Edison Brittes, de 38, que foi o responsável pelas facadas que mataram o jogador de futebol.

Durante o relato aos policiais, Eduardo Henrique, que está preso pelo crime, deu versão diferente a de Ygor King, de 19, e David Willian da Silva, de 18, que também estão detidos. Ele afirmou que os três entraram no carro por livre e espontânea vontade e com a intenção de castrar o ex-atleta do Coritiba.

“O Edison não intimidou ninguém. Ele convidou e as pessoas aceitaram. A justificativa era fazer a castração e deixar o rapaz para ser socorrido, para não estuprar mais ninguém. No caminho, Edison olhou o celular do Daniel e ficou alterado. O carro parou e Edison desceu, dando golpes diretamente no pescoço do jogador. Em seguida, arrastou para a plantação e fez a castração, tudo sozinho. Um dos jovens que estava no carro chegou a ter ânsia de vômito. Quem estava ali não queria a morte do jogador, mas estava ciente de que fariam a castração”, disse à Banda B o advogado Edson Stadler, que representa Eduardo Henrique.

daniel cristiana
Cristiana Brittes, Edison, e Daniel – Foto: Arquivo

O jovem, que é morador em Foz do Iguaçu e veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, não estava embrigado. “Já tinha passado isso. Na hora que a confusão aconteceu no quarto, ele já dormia e foi chamado pela Cristiana, afirmando que estavam agredindo o Daniel. Ao chegar, acreditando na versão do estupro, também bateu no jogador. Ele confessa e não tem problema em contar toda a verdade”, destacou.

NÃO ERA PRA MATAR

Ainda de acordo com o advogado, nem mesmo Edison saiu da residência planejando a morte do jogador. “Se fosse para matar, o Edison iria sozinho, não precisava dos demais, porque o Daniel já não tinha reações. Agora a ideia era a castração, inclusive o Edison afiou a faca e disse que iria castrar, porque isso tinha que ser feito com o estuprador. Porém, no caminho, as coisas mudaram, pelo o que ele viu no celular do jogador”, descreveu.

Stlader ainda comentou que espera que o seu cliente não responda pelo assassinato. “Ele não queria o homicídio e não participou. O ato, para ele, não iria ocorrer. Cometeriam um crime gravíssimo pela castração e foram conscientes disso, o que juridicamente é uma lesão corporal gravíssima. Está arrependido e vai responder por isso”, concluiu.

FONTE: BANDA B

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