DIÁRIO 24H
CURITIBA
A polícia prendeu em Rio do Sul, Santa Catarina, a empresária Luciane Pereira Martins, sócia da construtora Ditorres, de Curitiba, sob a acusação de aplicar golpe de R$ 30 milhões com venda apartamentos.
O mandado de prisão foi expedido também ao empresário Luiz Carlos Pereira, dono de mais de 400 empresas, muitas delas falidas ou em endereços frios. Algumas das empresas de Luiz Carlos, inclusive, tentaram contratos públicos de execução de obras, como no caso da Spel Engenharia, que chegou a ter o contrato rompido com a prefeitura de Ribeirão Preto (SP) por não ter executado os serviços licitados.
Também está foragida Gisele Cristine Martins, que aparece no quadro societário da construtora Ditorres.
O ESQUEMA
Segundo a Polícia, a construtora vendia um mesmo imóvel a mais de uma pessoa. Dezenas de compradores pagaram por apartamentos que nunca saíram do papel, e em muitos casos, apenas a fundação do condomínio foi concluída pela construtora.
“Nós temos uma pessoa presa e três pessoas foragidas com o mandado de prisão preventiva decretado; mãe, filha tio e sobrinha. São quatro prédios, sendo três ainda na planta, no início das obras que deveriam estar prontas já, e um na fase de semi-pronto. Esses prédios eram vendidos apartamentos e esses apartamentos, em alguns casos, vendidos para mais de uma pessoa. Uma delas chegou, quando foi entrar no apartamento, estava com a fechadura trocada e já tinha gente lá dentro”, disse a delegada Vanessa Alice, da Delegacia de Estelionato.
A Polícia espera que os foragidos se apresentem. Eles devem responder judicialmente por estelionato, e se condenados, podem passar até cinco anos na prisão.
A construtora foi procurada, mas os telefones estavam desligados.