DIÁRIO 24H
LITORAL
O Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu três mandados de prisão na manhã desta segunda-feira (20) em Antonina, litoral do Paraná. O atual secretário de obras da cidade, Arlindo José Ricardo, foi preso preventivamente acusado dos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva. Além do secretário foram presos o pregoeiro e um contador da cidade da propina. É dessa forma que Antonina ficou nacionalmente conhecida após reportagem do Fantástico que noticiou a prisão do ex-prefeito, ex-secretários, ex-vereadores, ex-diretor da APPA.
As prisões realizadas pelo Gaeco são provenientes de um pedido do Ministério Público da cidade após análise de documentos apreendidos na busca e apreensão na primeira fase da Operação Proclamador.
A corrupção em Antonina está enraizada no poder público. Em todas as licitações, dispensas e inexigibilidade havia fraude e cobrança de propina. Desde a roçada até contratos com a oficina mecânica. A prisão do secretário de obras da cidade aponta para um novo escândalo que pode custar o fim desta gestão, em menos de um ano de mandato.
O esquema envolvia empresas fantasmas e falsificação de documentos para direcionar a licitação. Só em contratos emergenciais para 120 dias de roçada foram gastos mais de R$ 500 mil. Um contrato com oficina mecânica por R$ 448 mil. Ou seja, mais de um milhão de reais em contratos suspeitos com fortes indícios de pagamento de propina aos gestores públicos. Uma das empresas que fraudou a licitação fazia parte de um funcionário da prefeitura da cidade.