O Governo do Paraná engavetou o projeto de construir um teleférico em Londrina. A ideia era avaliada desde maio do ano passado, depois que o governador manifestou a intenção de implantar o modal que faria a ligação entre a rodoviária e o calçadão. O estudo encomendado pela Casa Civil indicou “inviabilidade econômica” para fazer a obra, que custaria mais de R$ 100 milhões.
O estudo foi solicitado pelo governo à Doppelmayr Brasil Sistemas de Transportes, que oferece teleféricos a 50 países. A viabilidade não teve custo para o governo, e chegou a propor que se criasse uma rede de teleféricos, não só ligando a rodoviária ao Centro, mas também a outros bairros da cidade.
A intenção da empresa era propor a construção de linhas ligando Norte-Sul e Leste-Oeste. O trajeto, se consolidado, somaria 26 quilômetros de extensão e teria 20 estações de embarque.
Os técnicos da Doppelmayr debateram o projeto com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL) e também com o governo. Mas o preço do investimento impressionou, e a conclusão é que seria necessário um número expressivo de passageiros para sustentar o sistema.
A decisão foi recebida com frustração pela prefeitura. Mas por outro lado, se consolida a intenção da construção de um Terminal Metropolitano para atender linhas do transporte coletivo que ligam Londrina a Ibiporã, Cambé, Rolândia, Jataizinho e Sertanópolis.
O novo terminal não seria erguido no caso da construção do teleférico, já que a rodoviária seria usada para este fim, para também incentivar o uso do possível modal. No ano passado o governo já havia declarado de utilidade pública o terreno do antigo IBC em frente ao Terminal Central Urbano, e está encaminhando a desapropriação para que as obras possam acontecer.