Havan começa a vender arroz e feijão para reabrir como serviço essencial na quarentena

Por Derick Fernandes Deixe um comentário 3 min de leitura
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Unidades da rede de lojas Havan começaram a vender produtos alimentícios, como arroz e feijão, na tentativa de enquadrar o comércio da empresa como serviço essencial e, assim, poder reabrir durante a quarentena contra a pandemia de coronavírus. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo funcionários da rede ouvidos pela Folha, a Havan começou a vender arroz e feijão há cerca de duas semanas, mas o estoque disponível nas lojas é sempre baixo. No site da rede, porém, esses itens de cesta básica não são vendidos.

A venda de arroz e feijão ao lado de produtos para a casa é uma tentativa da empresa de reforçar o argumento de que é um hipermercado e não uma loja de departamentos, discurso que tem levado aos tribunais de Justiça na tentativa de conseguir uma liminar para reabrir suas portas.

Das 143 lojas da rede no País, apenas 16 estão fechadas. A maioria das lojas abertas está em Santa Catarina e Paraná, estados que flexibilizaram a quarentena e permitiram a reabertura parcial do comércio, com horário reduzido.

Em pelo menos duas cidades do interior de São Paulo, Araçatuba e Lorena, a empresa conseguiu uma liminar para reabrir. Nos dois casos, a Justiça entendeu que a Havan é um hipermercado, e não uma loja de departamento. Já em Rio Branco (AC) e Vitória da Conquista (BA), o pedido da empresa foi negado.

Nas duas cidades, a direção da empresa simplesmente ignorou os decretos que obrigavam o fechamento do comércio e reabriu suas lojas, até que elas foram interditadas. Juntamente com os pleitos na Justiça, a Havan tem levado funcionários a protestar contra a quarentena na porta de prefeituras.

Luciano Hang, o dono da Havan, chegou a compartilhar nas redes sociais o vídeo de um desses atos. “Os colaboradores da Havan foram às ruas defender o direito de trabalhar”, argumentou o empresário.

Também nas redes sociais, Hang rebateu críticas pela estratégia da Havan. Ao youtuber Felipe Neto, disse que estava “dentro da lei”. Ao deputado estadual Flavio Serafini (PSOL-RJ), disse que não via problema em vender arroz e feijão para escapar da quarentena.

*YAHOO

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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