Justiça autoriza família em Londrina a cultivar maconha para tratamento do filho

Por Redação Deixe um comentário 3 min de leitura
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Justiça autoriza família a cultivar maconha para tratamento de filho com autismo- Foto: RPC Londrina/Reprodução

A Justiça autorizou, recentemente, uma família de Londrinaplantar maconha em sua casa. O filho de Caetano e de Jeniffer, que possui 7 anos, foi diagnosticado com um grau autismo e, também, com transtorno de déficit de atenção.

Como forma de tratamento, diante das necessidades da criança, a Justiça permitiu à família o cultivo da planta para uso medicinal. Sendo que o casal tem permissão para plantar até 18 pés de maconha por um período de seis meses. Após esse prazo, a família deve apresentar laudos que comprovem a eficácia do tratamento para que ele tenha continuidade.

Para Jeniffer e Caetano, a permissão para o cultivo da planta significa uma maior qualidade de vida para o filho. Anteriormente, o menino de 7 anos já teria recebido recomendações médicas para ser tratado com a maconha medicinal.

Como os remédios existentes possuem um custo elevado, os pais decidiram entrar com um pedido oficial para cultivar a planta em casa. Assim, poderiam extrair o óleo de canabidiol do plantio no próprio conforto de sua casa, dando todo auxílio e qualidade de vida que a criança precisa.

O pai da criança aponta, em entrevista ao G1, o alivio que teve com a autorização dada pela Justiça: “Conseguimos o direito de poder trazer qualidade de vida para o nosso filho. É satisfatório, é recompensador saber que o meu filho poderá ter um tratamento mais digno, com qualidade”.

Maconha medicinal 

Muitas famílias, até hoje, lutam para conseguirem autorizações para o cultivo da cannabis em suas casas. No Brasil, é um processo muito demorado que exige paciência.

O desconhecimento, ainda, é um dos fatores que atrasa a legalização medicinal da planta no país. Os benefícios que ela pode trazer são diversos, e estudos não faltam. A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP é a instituição, no mundo inteiro, com o maior número de pesquisas e artigos sobre o canabidiol (CBD). A faculdade acumula, num total, mais de 1,1 mil estudos.

Em uma pesquisa feita no ano de 2019 com o CBD, principalmente em pessoas com autismo, os indícios são positivos. O estudo se pautava na análise de quinze pacientes, que possuíam autismo, para analisar os efeitos do canabidiol nos principais sintomas do transtorno. Desse pacientes, 10 tinham epilepsia, os outros 5, não. Nos nove meses de tratamento, quase todos apresentaram melhoras nos sintomas.

Os principais aspectos positivos analisados foram: a diminuição das convulsões, melhora nos distúrbios de sono e também um progresso na área de comunicação. Além disso, foi relatado uma melhoria significativa em transtornos de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

 

* Estagiária sob supervisão do jornalista Derick Fernandes

 

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