O Tribunal de Justiça determinou a suspensão da tramitação do processo movido contra o Ministério Público (MP) contra o prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto (PSDB), por suspeita de favorecimento à empresa Somopar em troca de propina.
A decisão leva a assinatura do desembargador Luiz Carlos Xavier e atende a um pedido do advogado de Francisconi, Anderson Mariano, o qual alega dificuldades para ter acesso ao conteúdo da investigação e solicitou a suspensão do prazo para apresentação de defesa preliminar até que o MP organize as devidas informações e as disponibilize no Projudi, como determina a lei.
“Fomos notificados para apresentarmos a defesa preliminar, mas, ao analisar a ação penal, em dezembro, nós constatamos que, ao juntar a documentação, o MP digitalizou os documentos sem descrever a que se refere cada peça. Não tem como fazer a defesa de alguém sem conhecer as acusações imputadas a ela. Nem mesmo o desembargador teve acesso aos documentos, tanto que suspendeu os prazos”, explicou Mariano, em depoimento à Folha de Londrina.
Luiz Francisconi é acusado de privilegiar, em troca de benefícios particulares, a Somopar no processo licitatório do aluguel de um barracão de propriedade pública, onde costumavam-se situar instalação do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC). Além do processo movido pelo MP, ele também é alvo de uma Comissão Processante na Câmara de Rolândia, pelo mesmo tema.