O Londrina marcou uma assembleia que pode ser o primeiro passo para o Alviceleste se tornar um clube-empresa. A reunião geral será realizada no próximo dia 5 de março, na sede do clube, no estádio VGD. O horário será às 9h30 (horário de Brasília).
A assembleia deve propor mudanças no estatuto social do clube “para fins de garantir a deliberação sobre uma possível criação de personalidade jurídica”. Ou seja, uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Somente sócios com situação regular poderão participar da reunião.
O presidente do Tubarão, Felipe Prochet explicou que são necessários alguns processos para que o clube possa se transformar em SAF, a assembleia é apenas o primeiro deles. Contudo, Felipe, citou que o projeto é parecido com o que foi feito no Cruzeiro.
A ideia é, em um primeiro momento, colocar no estatuto a possibilidade de criação da SAF. Em um segundo momento será detalhando o formato, como será o contrato social, entre outros pontos. Ficam também os resguardos para o clube, como manutenção de nome, símbolo, sede… A criação de uma SAF, de fato, será somente quando surgir uma proposta concreta.
Tendo uma SAF, o Tubarão pode buscar fundos de investimentos nacionais e internacionais, além de lançamentos de ações em bolsas de valores, etc. Com isso, há um aumento na receita do clube, dessa forma, tanto pessoas físicas quanto empresas, podem participar da gestão do Londrina, que necessita definir o formato.
Sobretudo, Athletico, Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco são times que já aprovaram a transformação para clube-empresa. O Londrina conta com a SM Sports, desde 2011, como gestora do futebol. A parceria aconteceu quando o clube estava em intervenção da Justiça do Trabalho, devido dívidas trabalhistas e até se aproximou de encerrar as suas atividades.
Em 2020, o primeiro contrato com a parceira foi encerrado e a renovação foi realizada até 2025. Após a gestão da SM Sports, o Tubarão conseguiu resolver boa parte de seus débitos. Ainda de acordo com o presidente Felipe Prochet, a dívida atualmente está numa média de 2 milhões de dólares (R$ 10,1 milhões na cotação atual).
O Londrina é uma opção das mais viáveis no futebol brasileiro, até pela questão administrativa. Quando terceirizou o futebol, o clube pode cuidar do passivo, e hoje podemos garantir que somos uma das melhores times se comparado as dívidas dos clubes.
Gestor recusa proposta
Recentemente, o gestor do clube, Sergio Malucelli recusou uma proposta de um grupo de investidores, que compraria o centro de treinamento da SM Sports e ficaria com todos os jogadores ligados à empresa. Os valores estavam em cerca de R$ 30 milhões pelos ativos da gestora. Entretanto, Sergio considera que a transformação do clube em SAF é um caminho natural.
Acabei recusando por achar que não seria bom nem para o Londrina e nem para nós. A proposta tem que ser boa para a SM e para o Londrina. Estamos 11 anos juntos, não podemos entregar para o primeiro que chegar. Temos que valorizar o que fizemos. Acredito no nosso trabalho e no que será feito daqui para frente – disse Malucelli, em discurso durante evento do Londrina.
Conforme apurações realizadas, foi confirmado pelo presidente Felipe Prochet que a proposta feita e recusada pela SM, chegou através da Matix Advisors, mesmo grupo que esteve presente nas negociações das equipes do Rio de Janeiro, Botafogo e Vasco.
Por fim, o presidente ainda mencionou:
Isso mostra que o Londrina está se cercando de pessoas de gabarito, para que possa realizar essa transação. Tratando-se de um time de Série B, e eu acredito que a proposta feita foi bem interessante. Fora a compra dos ativos da SM, o clube receberia um bom aporte de capital.
