Pai denuncia mãe do menino que morreu engasgado em Londrina

Por Redação Deixe um comentário 6 min de leitura
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LONDRINA, PR – O pequeno Luiz Miguel, de 3 anos, que morreu engasgado com sopa na casa da mãe em Londrina, norte do Paraná, na tarde desta segunda-feira (05) havia sido levado pela mulher da guarda do pai Rafael Moreira Rodrigues, que é morador de Osasco, na grande São Paulo.

O 24H falou com o homem que confirmou as informações e disse que fez boletim de ocorrência contra a mãe da criança, que não detinha a guarda do menor. Segundo ele, nenhuma providência havia sido tomado antes pelo fato dele não ter pistas sobre o paradeiro da mulher, de 28 anos, identificada como Jhenifer Souza e Silva.

O homem só teve conhecimento do endereço dela diante das notícias sobre a morte da criança nesta segunda.

A mulher é suspeita de maus tratos, no entanto nega e diz que possui outros filhos. Socorristas do Corpo de Bombeiros identificaram hematomas e sinais de desnutrição em Luiz Miguel, e acionaram a Polícia Militar (PM) que encaminhou a mulher para a delegacia. A polícia investiga se a morte da criança foi acidental ou provocada.

No boletim de ocorrência, o pai relata que a mãe abandonou a criança com ele, quando o bebê tinha apenas 22 dias de vida. Segundo a fala do pai na Delegacia de Osasco, Jhenifer havia alegado na época que ‘não tinha amor materno pelo bebê‘ e que se ele não cuidasse da criança, ela doaria a uma família que mora no Rio de Janeiro.

Ouça o relato do pai ao 24H

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O CASO

Foi Cabo Elvis Fantoni da Costa, da Polícia Militar de São Paulo, quem entrou em contato com o 24H revelando o caso.  Fantoni e sua esposa, que é prima do pai de Luiz Miguel, cuidaram a criança em uma parte de sua infância para ajudar Rafael, que até então não tinha condições de mantê-lo.

— Miguelito, como era chamado carinhosamente, foi feliz e viveu conosco apenas por um ano e meio. Com ele nós aprendemos o significado da palavra Amor – desabafou.

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Cabo Fantoni e sua esposa junto com Luiz Miguel em São Paulo – Foto: Arquivo pessoal

Jhenifer então, após entregar o bebê, mudou-se para Londrina em 2016, mas reapareceu em março do ano passado, quando contatou Fantoni e sua esposa, Dinercia, dizendo que havia se arrependido e iria ingressar na justiça para reaver a guarda da criança. O homem explica que procurou seus advogados que orientaram devolver o bebê, tendo em vista a chance da mãe conseguir a guarda do filho.

O porém da história é que Jhenifer havia informado que moraria em Osasco, pois havia rompido seu relacionamento em Londrina. No entanto, quatro dias depois de pegar o menino, ela retornou ao Paraná, mesmo não tendo autorização do pai, que conseguiu a guarda por meio de decisão judicial proferida pela Vara de Família de SP.

OUTRO LADO

A reportagem do 24H também entrou em contato com a família de Jhenifer, que reside em Londrina juntamente com sua mãe e avó da criança, Olinda Souza, de 50 anos. Representando a filha, para a reportagem a avó disse que a história tem outro lado, e que o pai chegou a ameaçar sua filha por diversas ocasiões por conta da guarda do bebê.

— Minha filha não tem a guarda sim. Mas era o pai que entregava o Miguel para a Jhenifer quando acontecia algum problema. Ele tinha a guarda, mas não cuidava da criança e o deixava sempre em mãos de terceiros – relata

Ela continua:

— O Rafael (pai) sempre mandava a mãe ir buscar o bebê porquê ele não tinha como criá-lo. Depois de algum tempo ele ressurgia dizendo que iria colocá-la presa caso não devolvesse o menino. Ele usava disso para chantageá-la, já que ela não queria reatar o relacionamento com ele – concluiu.

O 24H também ouviu a companheira de Jhenifer, identificada como Tatiane. Ela confirmou a versão da avó e disse que o pai não fazia nada pelo filho, e que mesmo tendo a guarda, Jhenifer era quem passava dificuldades com o bebê pela falta de suprimentos básicos como fraldas descartáveis e latas de leite.

VERSÕES OFICIAIS

O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) de Londrina. O 24H também entrou em contato com a delegada Lívia Pini para obter mais detalhes sobre o caso e aguarda retorno.

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