A procuradoria do Ministério Público do Paraná (MP-PR) fez um novo pedido do fechamento do comércio em Londrina. O motivo é a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI na cidade. A ação está nas mãos do juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública. O magistrado pediu explicações da Prefeitura antes de tomar a decisão. O MP já chegou a fazer o mesmo pedido outras vezes, mas a ação acabou sendo derrubada.
Como nas outras ocasiões, o pedido foi feito pela promotora Suzana de Lacerda. Segundo ela, Londrina está acumulando mortes e segue com elevada taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva. Em relação aos óbitos, só na segunda-feira (21), uma mulher de 37 anos, e dois homens, de 49 e 74 anos, morreram vítima da doença na cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde divulga em seu boletim que há 74 pessoas internadas com a doença em Londrina. 44 delas estão em leitos de UTI.
Além dos dados propriamente ditos, a promotora também diz que a prefeitura de Londrina desrespeitou sugestões do Conselho de Emergência em Saúde Pública (COESP), criado pela própria prefeitura para definir as medidas que seriam tomadas no período de pandemia. Suzana sustenta que desde agosto o órgão sugere o fechamento do comércio, e que só dessa forma será possível evitar mais mortes.
UTIs lotadas em Londrina
Além das unidades destinadas a pacientes com coronavírus, que estão com a ocupação alta, os demais leitos, chamados de UTI Geral (para pacientes vítimas de acidentes ou outras enfermidades) também estão lotadas nos três principais hospitais de Londrina, sejam eles a Santa Casa, Hospital Evangélico e Hospital Universitário. Além de Londrina, os hospitais também recebem pacientes de outros 97 municípios que integram a regional de Saúde.
A prefeitura de Londrina ainda não se manifestou sobre o assunto.