O Terminal Intermodal de Maringá amanheceu vazio e sem ônibus. Isso porque motoristas da Transportes Coletivos Cidade Canção (TCCC) que atende as linhas em Maringá entraram em greve. Os funcionários pedem reposição salarial, situação que se arrasta desde o início da pandemia ainda em março de 2020.
A empresa oferece 8,89% de reajuste. No entanto a categoria exige que o aumento esteja acima de 10% e pede ainda o retorno da Participação em Lucros e Resultados (PRL), que é um valor fixo pago a cada seis meses. Na última parcela paga em 2019 o valor foi de R$ 900,00 – ou seja – cerca de R$ 150 mensais.
Quem se acordou cedo para ir trabalhar foi pego de surpresa pela greve, e precisou depender de aplicativos de corrida para chegar ao serviço. Por volta das 09h o movimento era baixo no Terminal Intermodal, no Centro da cidade.

JUSTIÇA DETERMINA 60% DA FROTA
A Justiça do Trabalho mandou que 60% dos ônibus circulem nos horários de pico, para não prejudicar a rotina da população. O diretor sindical, Emerson Viana, afirmou que o sindicato não está impedindo a saída dos ônibus, mas destacou a grande adesão da paralisação, pelo fato de ter poucos veículos rodando.
“Não temos como obrigar os trabalhadores a irem trabalhar. Isso é por conta dessa crise, instalada pelas empresas. É importante ressaltar que esse movimento aconteceria em julho, e os trabalhadores suspenderam por 90 dias. Infelizmente, mesmo após esse tempo, os trabalhadores não tiveram uma proposta que renove as garantias, benefícios e reposição inflacionária. O sindicato seguiu o que determinou a Justiça”, disse.
Conforme a TCCC apenas 10 ônibus saíram de uma das garagens, mas nenhum coletivo deixou a outra garagem da empresa.