Caminhoneiros de todo o país tem repercutido através do WhatsApp um movimento de mensagens de motoristas, que pedem que os colegas fiquem em casa nas próximas semanas para evitar a propagação do coronavírus. A informação foi publicada na coluna Painel S/A da Folha de S.Paulo na quinta (20).
Conforme o movimento, a situação não se trata de paralisação, mas preocupação com a saúde dos motoristas.
A categoria, que ainda não foi afetada pela pandemia, pede alívio financeiro ao governo. O Ministério da Infraestrutura disse que vai apresentar medidas para manter o trabalho dos motoristas seguro, e fez um apelo para que a categoria não pare . Para o ministério, o abastecimento de produtos poderia ser afetado caso os caminhões deixassem de circular.
Entretanto, nas conversas, os motoristas afirmam que nas rodovias têm pouco acesso aos serviços de saúde, e que estão vulneráveis ao contágio porque passam por muitas cidades.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) pediu para que o setor continue trabalhando normalmente. “Em um momento de crise como este, o transporte de cargas se torna ainda mais importante para o abastecimento das cadeias de suprimento”, diz o presidente da entidade, Francisco Pelúcio.
“Precisamos dar continuidade às nossas atividades, de forma segura e responsável”, afirma. Pelúcio se refere às orientações que a associação vem fazendo. “Sugerimos que sejam evitadas aglomerações e adotadas boas práticas de higiene.”