O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou denúncia contra o ex-governador Beto Richa (PSDB), outras 11 pessoas e seis empresas por improbidade administrativa envolvendo a licitação para as obras de duplicação na PR-323 entre Maringá e Francisco Alves, no noroeste do estado.
A ação proposta na quinta-feira (26) também pede o bloqueio de R$ 27,3 milhões do ex-governador. Os outros acusados também tiveram pedido de bloqueio de bens.
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Segundo o Ministério Público (MP-PR), a ação tem como base as investigações da força-tarefa Lava Jato na Operação Piloto. Provas obtidas pelo Ministério Público Federal (MPF) foram compartilhadas com o MP-PR para se chegar à formalização da denúncia. A defesa de Richa disse desconhecer a denúncia.
Na Justiça Federal, Beto Richa e outras seis pessoas são réus nessa operação.
Entre os acusados pelo MP-PR estão o ex-chefe de gabinete, Deonilson Roldo, o irmão de Beto e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, além de outras pessoas e empresas ligadas ao ex-governador.
Para os promotores, o grupo atuou na fraude à licitação de duplicação da PR-323, em um contrato de mais de R$ 7 bilhões. A intenção era favorecer o consórcio liderado pela Odebrecht, no entanto, a obra jamais saiu do papel.
OUTRO LADO
A defesa do ex-governador e do irmão disse lamentar ter conhecimento das informações somente pela imprensa, e que irá se manifestar somente nos autos do processo.
Deonilson Roldo não foi localizado.