Gaeco prende vereadores por corrupção em Londrina

Por Derick Fernandes Deixe um comentário 3 min de leitura
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 25 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (24) contra vereadores e empresários de Londrina. O presidente da Câmara Municipal, vereador Mário Takahashi (PV), e o vereador Rony Alves (PTB) foram detidos e serão monitorados por tornozeleira eletrônica a partir de agora.

Os policiais realizaram buscas na Câmara Municipal, nos gabinetes de Takahashi e Alves, para colher de provas. A suspeita também pesa contra servidores da Prefeitura de Londrina, que estariam envolvidos em um suposto esquema de corrupção. A relação dos nomes de todos os alvos da operação ainda não foi divulgada.

O Ministério Público pediu a prisão dos envolvidos, sem adiantar quais seriam, mas a Justiça não acatou o pedido. Como medida substitutiva, o juiz autorizou que outras nove pessoas, além dos vereadores, passem a usar tornozeleira eletrônica. A Justiça determinou também o afastamento imediato de Takahashi e Alves, que serão substituídos pelos suplentes: Valdir de Souza, do Sindicato dos Metalúrgicos, é o substituto do presidente da Câmara, e Leonilso Jaqueta substituirá Alves.

ESQUEMA

Em coletiva de imprensa, o delegado Alan Flore, do Gaeco, e o promotor e coordenador do grupo, Jorge Barreto da Costa, afirmaram que havia um esquema de corrupção que consistia na atuação de agentes públicos que, mediante pagamento de propina, promoviam alterações pontuais no zoneamento urbano de Londrina.

Os fatos foram apurados de 2013 a 2017. De acordo com Costa, “todos os que foram mencionados serão ouvidos pelos investigadores. É importante lembrar que todos os alvos encontrados foram intimados para se apresentar para colocar a tornozeleira. Quem não aparecer dentro de 24 horas terá a prisão preventiva decretada”, disse.

O Gaeco encontrou cinco armas de fogo na casa de um servidor municipal, que foi preso e acusado de facilitar trâmites de procedimentos executivos. No legislativo, a atuação ficou por conta dos vereadores, que “encaminhavam projetos na Câmara e facilitavam aprovações”, segundo Flore. Os empresários, parte importante do esquema, adiantavam o andamento dos projetos aprovados. A princípio, o Gaeco trabalha com a hipótese de associação criminosa.

Costa afirmou que “os valores identificados variam de R$ 100 mil a R$ 1 mi, mas os valores reais e quanto ficou para cada um ainda são objeto de investigação”.

O afastamento cautelar de Rony Alves e Mário Takahashi será por 180 dias. Depois deste período, se não houver pedido de prorrogação, eles voltam a exercer as funções públicas. Durante os seis meses, o MP também pode requerer a prisão, caso haja elementos para tanto.

Veja o momento que o presidente da Câmara chega acompanhado do Gaeco: 

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Jornalista
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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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