CURITIBA, PR
Diário do Estado | Política
Poucos dias após deixar a penitenciária, o suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM-PR) assumiu a vaga na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (01), substituindo a vaga deixada pelo então ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR).
Ele foi preso em fevereiro deste ano, depois de ter sido acusado de bater na ex-noiva. Bertoldi foi liberado no dia 27 de outubro, e segundo os advogados, ele foi absolvido das denúncias pelas quais respondia.
O ex-presidente da Cohab em Curitiba concorreu ao congresso em 2014 e acabou a eleição como suplente. Quando Barros assumiu o ministério da Saúde, Bertoldi estava preso e portanto, não podia assumir. Quem tomou posso em seu lugar foi Reinhold Stephanes (PSD-PR), que depois foi nomeado como secretário estadual do governo Beto Richa e repassou o posto na Câmara Federal para o terceiro suplente, o deputado em exercício Nelson Padovani (PSDB-PR)
Com a posse, Osmar Bertoldi passará a ter direito ao foro privilegiado, ou seja, só poderá ser julgado por eventuais crimes no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entenda:
Osmar Bertoldi foi preso em 24 de fevereiro no Centro de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele era procurado pela Justiça desde 1º de dezembro de 2015 por, ao menos, cinco crimes contra a ex-namorada.
Bertoldi foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) depois que a ex-companheira relatou uma série de agressões e cárcere privado com a ajuda de três funcionários do ex-deputado durante cinco dias. Além disso, ainda de acordo com a polícia, ele teria oferecido uma quantia milionária para que a mulher não o denunciasse à Justiça.
De acordo com a juíza Taís de Paula Scheer, as absolvições ocorreram por ausência de dolo, falta de provas suficientes para condenação e por ter se esgotado a pretensão punitiva pelo delito de desobediência, uma vez que Bertoldi já está preso.