Após meses de mistério, a morte da jovem encontrada com uma meia na boca e filme plástico enrolado na cabeça, pode estar chegando ao fim. O pai de Jaqueline Carvalho Gonçalves dos Santos de 18 anos, Samuel Rosa Gonçalves, foi preso na noite de terça-feira (16) como principal suspeito do assassinato da garota.
O delegado Victor Bruno da Silva Menezes se pronunciou sobre o caso nesta quarta-feira (17). Para os investigadores, a motivação ainda não foi esclarecida, mas sabem que havia um grande conflito familiar em torno da religião dos pais, que eram mais conservadores, enquanto Jaqueline seria mais moderna, apesar de também frequentar a mesma igreja que eles.
No dia do crime, a casa da família não apresentava arrombamento e o quarto da jovem estava em perfeito estado. Para a polícia, nenhum estranho adentrou o local de forma forçada. O que logo levantou a suspeita de que alguém da família teria cometido o assassinato.
Durante a prisão do pai, a mãe também foi ouvida pela polícia, prestou depoimento, mas foi liberada por alegar não saber quem executou o crime e não haver suspeitas contra ela.
No dia 13 de dezembro de 2018, Jaqueline foi encontrada pelos pais, morta em sua cama. Quando os paramédicos chegaram ao local, acionados pela família, o pai já havia retirado o plástico filme da cabeça da garota, alegando ter tentado socorre-la.
Jaqueline morava com os pais e um irmão. Inicialmente a família levantou a suspeita de que a filha teria cometido suicídio, o que logo foi descartado. Para a perícia, seria impossível a jovem enrolar sozinha por tantas vezes o filme em sua própria cabeça.
Inicialmente ouvido pela polícia, o pai declarou ter levantado durante a noite para orar e ter passado pelo quarto da filha, que parecia dormir tranquila.
Samuel Rosa Gonçalves pode ser indiciado por homicídio qualificado cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão.