Litoral do Paraná tem a economia travada pela burocracia

Por Redação Deixe um comentário 4 min de leitura
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Hoje os problemas de Paranaguá estão mais perceptíveis aos olhos da população que demonstrou aumentar o seu senso crítico nos últimos anos. Em tempos modernos, o ócio em que os parnanguaras viviam há 10 anos foi substituído pela necessidade de se tomar atitudes que melhorem a cidade como um todo, que hoje sofre principalmente pelo desleixo com a infraestrutura.

Um assunto no entanto passa batido quando se trata no desenvolvimento econômico local, que está perdendo espaço para outras cidades como Ponta Grossa e municípios dos Campos Gerais , que nos últimos anos atraíram grandes empresas como fabricantes de caminhões e uma nova unidade da Klabin.

Paranaguá não atrai indústrias pela falta de interesse da prefeitura na criação do Parque Industrial da cidade, que ficaria localizado na área do Embocuí, seguindo pela estrada velha de Alexandra. A intenção já consta no Plano de Zoneamento e abre portas para que novas empresas, atraídas pelo porto, se instalem e gerem empregos, consequentemente fortalecendo a economia.

Mas para isso acontecer, é necessário que o prefeito envie o projeto de criação da área para a Câmara Municipal, e aparentemente, não há previsão para que ocorra. Enquanto o projeto segue parado, a cidade assiste a debandada de sua força de trabalho, e um baixo índice de crescimento populacional. Quem fica, encontra no Porto de Paranaguá ou no comércio existente uma oportunidade de trabalho.

Uma pesquisa rápida e informal nas ruas já revelam a vontade de jovens entre 16 e 20 anos em deixar a cidade, para tentar a vida na capital ou em outras municípios maiores do interior. Os principais motivos alegados são a falta de trabalho, falta de lazer e infraestrutura.

Realidade delicada, mas aceita pela população que se vê estagnada nos índices do desenvolvimento sócio-econômico em que Paranaguá evolui pouco se comparado com cidades de população semelhante e com PIB parecido ao nosso, as vezes, até menor.

O Colit

Caminhando junto com a morosidade da criação do Parque Industrial por parte da prefeitura, o Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (COLIT) parece ser a ferramenta do Governo do Estado para atrasar o desenvolvimento da região, agora em ampla escala, em todos os municípios. O Conselho foi criado para analisar e aprovar licenciamentos ambientais para qualquer empreendimento construído no solo litorâneo, desde lojas a grandes plantas industriais.

O problema é que mais de 800 processos se arrastam para serem aprovados pelo Colit: são obras que poderiam estar em andamento ou em funcionamento, mas dependem da apreciação e aprovação do conselho para serem efetivadas. Um exemplo da morosidade é a obra do Shopping Center Ilha do Mel, em Paranaguá, que aguarda o “ok” da entidade.

Entre todas essas motivações que travam o desenvolvimento não só da cidade de Paranaguá, mas de todo o litoral paranaense, há soluções imediatas: em primeiro, é preciso que o prefeito se esforce em criar o Parque Industrial, para que assim a cidade comece a progredir novamente na economia. Depois, que o governador tenha a iniciativa de extinguir o Colit, assunto que já vem sendo discutido pela comunidade e é alvo até mesmo de abaixo assinado.

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