LONDRINA – A novela do transporte coletivo em Londrina acaba de ganhar mais um capítulo, envolvendo diretamente o aspecto que mais atinge o usuário do serviço: o valor da tarifa de ônibus.
De acordo com informações do portal Tarobá News, o fim da isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel consumido pelos ônibus metropolitanos e urbanos, determinado pelo Governo do Estado e válido a partir de 1º de janeiro, pode fazer com que o custo da passagem seja elevado para até R$ 4,80, e não apenas R$ 4,62, como previsto anteriormente.
O imposto, que não era cobrado desde 2013, voltará a fazer parte da planilha de cálculos do custo do transporte urbano em 21 cidades do Paraná, com mais de 140 mil habitantes, a partir do primeiro dia do próximo ano. Segundo o Diário dos Transportes, a previsão é que as tarifas de cada um desses municípios subam entre R$ 0,25 e R$0,30, somente por conta da volta da cobrança.
O diretor da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), Gildalmo Mendonça, afirmou à reportagem da Tarobá News que o regresso do imposto sobre o óleo diesel é um “fator novo” a ser considerado na negociação pelo reajuste da tarifa, mas não quis adiantar o quanto esse ônus pode impactar em um possível aumento. Mendonça acrescentou também que segue aguardando o contato da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para discutir a questão.
SEM GREVE
A TCGL e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol) assinaram na tarde da última quarta-feira (26) o prolongamento do acordo para continuidade do serviço de transporte urbano na cidade até 31 de janeiro de 2019.
Este novo documento afasta, até segunda ordem, a possibilidade de paralisação dos motoristas de ônibus, como também a hipótese de Londrina ficar sem transporte coletivo a partir de 19 de janeiro, quando expiraria originalmente o contrato de concessão entre a prefeitura e a TCGL.
Por outro lado, outra das cláusulas do acordo estabelece o há tempos requerido – e sempre polêmico – aumento da tarifa de ônibus urbano, que saltaria de R$ 3,95 para R$ 4,62. Vale lembrar, no entanto, que o parecer final sobre o tema cabe à prefeitura, mais especificamente à CMTU, que pode aceitar ou negar – como já fez anteriormente – o reajuste.