Nesta sexta (23) o presidente Jair Bolsonaro transferiu o ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello, da 12ª Região Militar, para um cargo na Secretaria-Geral do Exército. O ato foi publicado no “Diário Oficial da União”.
Pazuello terá funções como conduzir o processo de concessão de medalhas; regular o Cerimonial Militar; assessorar o comandante do Exército, além de preparar reuniões.
Durante o tempo em que esteve no comando da saúde, Pazuello deixou registros sucessivos de mortes por Covid e agravamento da doença no país. Além disso, o ex- ministro incentivou o uso de medicação sem eficácia comprovada e a crise no abastecimento de oxigênio.
Ao ser questionado nesta sobre a transferência, o vice-presidente Hamilton Mourão respondeu: “O camarada, quando não tem função específica, fica adido. Então, a Secretaria-Geral é um órgão subordinado diretamente ao comandante, então, ele fica adido à Secretaria para receber missões eventuais do comandante. Agora no mês de julho tem promoções no Exército e movimentação de general. Aí, provavelmente, o Pazuello será movimentado para algum lugar”.

Nesta quinta (22), em entrevista à “GloboNews”, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), cotado para ser o relator, defendeu que a CPI inicie os trabalhos apurando se o governo federal negligenciou a compra de vacinas contra a Covid. Na opinião do parlamentar, Pazuello fez um trabalho “horroroso” no ministério.
Pazuello esteve no cargo de ministro da saúde por 10 meses (maio de 2020 a março de 2021) e deixou o posto no que pode se considerar o pior momento da pandemia.