Presidente da Câmara de Arapongas é preso por envolvimento no jogo do bicho

Por Redação Deixe um comentário 3 min de leitura
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O vereador Osvaldo Alves dos Santos (PSC), conhecido como Osvaldinho e presidente da Câmara Municipal de Arapongas, na Região Metropolitana de Londrina, foi preso na manhã desta sexta-feira (18) em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Polícia Civil.

Osvaldinho é investigado por supostamente integrar uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar. O promotor chefe do Gaeco, Jorge Barreto, disse que o motivo também se estende a lavagem de dinheiro. “Ele já tinha sido alvo de busca a apreensão na primeira fase da ação. Mas o que a investigação aponta é que ele continuou praticando os atos ilícitos”, disse.

Ainda segundo Barreto, Osvaldinho seria o líder de uma organização que explora jogos de azar. A suspeita é que o esquema dure 10 anos em Arapongas.

O vereador também foi preso por, segundo o Gaeco, estar se movimentando para esconder o patrimônio comprado com dinheiro ilícito. Os detetives identificaram que parte desse patrimônio foi transferido para o nome de laranjas, que não possuem ligação familiar com o vereador. Essa é uma forma de facilitar a ocultação dos bens e por sua vez prejudicar as investigações. O Gaeco ainda não sabe a proporção do patrimônio escondido por Osvaldinho.

Outra pessoa investigada na ação está foragida. O nome não foi divulgado, mas conforme o Gaeco, essa pessoa tem ligação com o presidente da Câmara e o auxiliou na prática dos crimes.

DENÚNCIA

Osvaldo Alves foi denunciado em março de 2019. Na época, a polícia chegou a apreender máquinas caça-níqueis, papéis e máquinas do jogo do bicho em bois bares. Os proprietários disseram que as máquinas pertenciam ao vereador. Durante a apuração da denúncia, os promotores identificaram que Osvaldo é operador do esquema de jogos de azar em Arapongas.

Em outubro, a casa dele foi alvo de busca e apreensão. No local foi encontrada uma grande quantidade em dinheiro em um cofre além de uma arma sem registro. Na época o vereador disse que o dinheiro seria usado na compra de um imóvel, mas não declarou a origem do valor.

A defesa de Osvaldinho não foi localizada para comentar o assunto.

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