Nas últimas 24 horas, desenvolvi sintomas benignos e fui testado positivo para o coronavírus”, declarou o chefe de governo do Reino Unido em uma mensagem de vídeo divulgada pelo Twitter.
“Eu estou em isolamento agora, mas continuarei a comandar a resposta do governo por meio de videoconferência no momento em que lutamos contra o vírus”, acrescentou.
Além do vídeo, Johnson escreveu na mensagem: “Juntos vamos vencer isso (o vírus)” e finalizou com a hashtag #StayHomeSaveLives (Fique em casa Salve Vidas, em tradução livre).
Over the last 24 hours I have developed mild symptoms and tested positive for coronavirus.
I am now self-isolating, but I will continue to lead the government’s response via video-conference as we fight this virus.
Together we will beat this. #StayHomeSaveLives pic.twitter.com/9Te6aFP0Ri
— Boris Johnson #StayHomeSaveLives (@BorisJohnson) March 27, 2020
O anúncio do premiê é feito dois dias depois de o príncipe Charles também ter confirmado ter contraído o novo coronavírus.
RESISTÊNCIA
Boris Johnson foi um dos líderes europeus que mais hesitaram em tomar medidas dráticas como o isolamento da população para conter a propagação da Covid-19.
O Reino Unido foi um dos últimos países da Europa ocidental a anunciar o confinamento obrigatório. O primeiro-ministro britânico, defendia, até segunda-feira (23), uma estratégia conhecida como “imunização do rebanho”.
Segundo essa estratégia, entre 60% e 80% da população contrairia o coronavírus e apresentaria sintomas leves, o que desenvolveria uma certa imunidade coletiva, tornando os cidadãos mais resistentes à doença para reduzir o número de infecções no futuro.
Assim, bares e lojas permaneceram abertos, com a ideia de que a população deveria continuar a viver normalmente. As medidas tomadas diziam respeito principalmente aos cidadãos com mais de 70 anos ou com problemas de saúde crônicos.
No entanto, Johnson resolveu voltar atrás e fez um apelo para que os cidadãos britânicos permanecessem em suas casas. Segundo ele, se houver um aumento repentino no número de contaminados, os hospitais podem ficar superlotados, gerando um colapso no sistema de saúde do Reino Unido.
Assim, desde segunda-feira, os britânicos podem sair de suas casas somente com autorização, para fazer compras essenciais, se exercitar uma vez por dia, ir ao médico ou ao trabalho, quando o home office não for possível.
O avanço da Covid-19 no Reino Unido
Até a quinta-feira, (26), segundo a OMS, o país havia registrado 9.533 casos confirmados do novo coronavírus e o número de vítimas fatais chegou a 463, confirmando uma progressão rápida da Covid-19 no território britânico.
*RFI