LONDRINA,PR – O Hospital Irmandade Santa Casa de Arapongas região metropolitana de londrina,decidiu suspender na última sexta-feira (28) o atendimento através do setor de obstetrícia, o que vem fazendo com que as gestantes sejam encaminhadas a outros locais de atendimento. Uma das mães precisou dar à luz na Unidade do Pronto Atendimento (UPA), que não está equipada para esse tipo de procedimento. O prefeito Sérgio Onofre criticou duramente a decisão da Santa Casa e chegou a dizer, nesta terça-feira (03), que o município poderá recorrer a uma intervenção no estabelecimento. “É um absurdo, uma coisa inimaginável o que fizeram, pois em momento algum fomos informados a respeito dessa decisão”, assinalou o prefeito.
Segundo ele, o Município tem um Termo de Fomento através do qual se compromete a repassar R$ 1,3 milhão para a Santa Casa até fevereiro de 2019, em parcelas mensais de cerca de R$ 160 mil. “Essas parcelas estão sendo repassadas sempre em dia. Além disso, o Município intermediou o repasse de cerca de R$ 752 mil pela União e a Santa Casa recebe outros R$ 7 milhões por ano do governo estadual”, argumenta o prefeito, salientando que por isso não entende a decisão unilateral de suspensão do atendimento. “Se há dificuldades, a direção da Santa Casa não pode simplesmente deixar a população privada de um serviço que é essencial à vida. Isso foi um ato de irresponsabilidade e nós apelamos primeiramente à Santa Casa, para que a decisão seja revista, e se isso não ocorrer, ao Ministério Público e às demais autoridades para as medidas legais cabíveis”, acrescenta o prefeito.
Ele já se reuniu com a Assessoria Jurídica e, conforme não houve uma manifestação prévia por parte da Santa Casa sobre a intenção de romper o atendimento, foi orientado sobre a possibilidade de rever o Termo de Fomento. “Não está descartada inclusive a possibilidade de uma intervenção, que também é cabível em função da natureza do serviço, que é essencial à vida dos nossos munícipes”, observa o prefeito.
A Prefeitura já está tomando as providências quanto ao redirecionamento das gestantes para outros pontos de atendimento até que a situação não se resolva. Onofre deu prazo até esta terça-feira (03) para que a direção da Santa Casa reveja a decisão. “Imagine o risco que corremos com uma mãe dando à luz na UPA. Quem responderia em caso de risco para a mãe e o bebê? Considero a situação tão grave que só por isso o gestor da Santa Casa já deveria responder a uma ação judicial e ser responsabilizado na forma da lei”, finaliza Sérgio Onofre.