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STF libera vídeo de reunião ministerial citada por Moro como prova de interferência na PF

Redação
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3 min de leitura
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O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, decidiu nesta sexta-feira (220 autorizar a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, dois dias antes do então ministro Sergio Moro pedir demissão, onde Bolsonaro faz insinuações para trocar o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Celso de Mello é o responsável no STF pelo inquérito que apura a tentativa de interferência do presidente.

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A decisão foi tomada após o ministro ter assistido o vídeo nesta segunda. A reunião de 22 de abril foi citada pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, em seu depoimento para o inquérito. O vídeo que mostra a gravação dessa reunião estava sendo usado como prova sigilosa da investigação.

A Advocacia Geral da União (AGU) defendeu a não-divulgação do vídeo por considerar que o conteúdo poderia comprometer o governo. Já a defesa de Moro defendia a divulgação, e havia dito que não havia nenhum assunto pertinente a Segredo de Estado ou que pudesse gerar algum incidente diplomático.

Nesta segunda-feira (18) foi feito um esquema especial para que Celso de Mello pudesse assistir o vídeo em sua casa, na cidade de São Paulo, por meio de um pen drive entregado pela Polícia Federal.

CONTEÚDO

No vídeo Bolsonaro se mostra incomodado com a falta de informações. Ele diz: “Não vou esperar f… ninguém de minha família ou amigo meu”, afirmando que trocaria o comando da segurança. Pouco antes ele afirmava que “tinha a PF que não passava informações”.

A reunião, carregada de palavrões e insultos a governadores e prefeitos, ainda teve outro momento. Foi quando Bolsonaro defendeu o armamento de toda a população brasileira. “Povo armado jamais será escravizado. Quero ver se o povo tivesse armado tinha prefeito e governador mandando ficar em casa”, diz.

CADEIA NO STF

Ainda durante a reunião, o ministro da Educação, Abraham Weintraub ameaçou o STF e disse que “se dependesse dele, botava todos esses vagabundos na cadeia, a começar pelo STF”. A declaração do ministro gerou reações imediatas nas redes sociais, mas o STF ainda não se posicionou sobre o tema.

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